Quebrando o mito dos antidepressivos
Livros 22/09/2016

Quebrando o mito dos antidepressivos

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Análise ao livro: The Emperor´s New Drugs do autor Irving Kirsch. Kirsch é um especialista em estatística e na metodologia de ensaios clínicos. Em The Emperor’s New Drugs, ele desmistifica completamente o caso dos antidepressivos como tratamento farmacológico eficaz. O assunto fundamental do livro é uma análise cuidadosa de uma vasta base de dados da empresa farmacêutica usando o Freedom of Information Act, Kirsch conseguiu obter os dados que as empresas farmacêuticas tinham enviado à FDA (U.S. Food and Drug Administration) no processo de obtenção dos seus medicamentos aprovados.

Kirsch reporta que comprimidos de açúcar são tão eficazes quanto os antidepressivos e que, durante muitos anos algumas companhias farmacêuticas retiveram essa informação. Além disso, estes placebos não têm necessariamente que ser comprimidos de açúcar, mesmo hormonas sintéticas da tiróide, disfarçadas como um antidepressivo, ajudaram a aliviar a depressão em indivíduos sem problemas de tiróide. Kirsch revela algumas práticas repugnantes das empresas farmacêuticas. Ele relata que as companhias frequentemente manipulam os dados científicos, retendo a publicação de resultados negativos e publicando os dados positivos várias vezes. Por exemplo, na década de 1990 a empresa GSK (Glaxo SmithKline), realizou várias experiências sobre a eficácia do antidepressivo Paxil, concluindo que a droga não era mais eficaz do que um placebo. Os testes também revelaram alguns efeitos secundários perigosos, incluindo um possível aumento do risco de suicídio. A GSK, no entanto, decidiu não divulgar a maioria dos dados negativos para o público. Quando esse comportamento negligente foi descoberto mais tarde, a empresa foi processada pelo procurador-geral de Nova York. A empresa foi obrigada a tornar todos os dados públicos.

ALGUNS DOS PONTOS-CHAVE DO LIVRO INCLUEM:

  • 1) Quase todas as vantagens dos antidepressivos podem ser atribuídas ao efeito placebo. Quando todos os dados foram analisados, Kirsch chegou à conclusão que os antidepressivos comuns são pouco mais eficazes que os comprimidos de açúcar. Mais de metade dos ensaios clínicos patrocinados por empresas farmacêuticas não mostraram diferença significativa entre a droga e o placebo. O que importa reter, é que o benefício da medicação sobre o placebo não é clinicamente significativo. A vantagem global da droga ascende a 1,8 pontos na escala de 54 pontos utilizada para avaliar a gravidade da depressão (por meio de perguntas sobre o humor, hábitos de sono, e assim por diante), não sendo assim clinicamente relevante.
  • 2) Quando os antidepressivos são mais eficazes que os placebos em ensaios clínicos, é na verdade uma outra versão do efeito placebo. Enquanto os ensaios clínicos devem ser duplamente-cegos (nem o paciente sabe que está a tomar drogas, nem o avaliador sabe se está a administrar drogas ou placebos), os pacientes nos ensaios clínicos podem muitas vezes correctamente perceber que estão a tomar a droga de investigação, porque experimentam efeitos secundários pronunciados, e ao sentirem esses efeitos, ficam a saber que lhes está a ser administrada a droga, accionando assim o efeito placebo (“se eu tenho efeitos secundários, estou a tomar a droga, logo vou ficar melhor”). Ter conhecimento de que se está a tomar algo com potencial de cura aumenta o efeito placebo.
  • 3) Companhias farmacêuticas e a FDA não estão a ser intelectualmente honestas. A grande maioria das companhias farmacêuticas, tem uma ampla liberdade no que diz respeito a que ensaios clínicos querem publicar e que dados querem incluir nas suas publicações. Isto é de extrema importância porque, muitos dos ensaios clínicos produzem resultados negativos (ou seja, não se verificam diferenças entre a droga e o placebo). Se uma companhia farmacêutica faz 10 estudos e apenas em 2 se verifica alguma eficácia da droga, eles podem eleger apenas os 2 que lhes convém para a publicação. Não existe nenhuma lei contra “cherry picking” que é o acto de apontar para casos individuais ou dados que parecem confirmar uma posição particular, ignorando uma parte significativa dos casos relacionados ou dados que possam contradizer essa posição. A FDA não obriga à divulgação de todas as tentativas sem êxito. Isto leva à exacerbação da percepção sobre a eficácia das drogas, quer dos próprios médicos que prescrevem os medicamentos quer do público em geral.

Kirsch é um amante dos dados. Se ele vai para além dos dados, ele rotula as suas declarações como tal. Os dados levam a concluir que as abordagens psicológicas que fornecem tratamentos para a depressão quando devidamente aplicadas são tão eficazes a curto prazo e mais rentáveis a longo prazo do que os antidepressivos.
Este livro representa um golpe duro e poderoso contra os métodos psiquiátricos e farmacêuticos. Ironicamente, Kirsch de certa forma argumenta para o poder do efeito placebo poder vir a prejudicar o suposto efeito clínico dos antidepressivos. Se perdemos a fé que eles funcionam, eles não irão funcionar.

A MINHA OPINIÃO

Espero que muitos leitores ponderem esta informação, pois é minha convicção que a máquina de vendas das companhias farmacêuticas têm vindo a mascarar os resultados negativos dos seus dados, e assim enriquecerem à custa de quem sofre. Acresce a este facto, o diagnóstico exacerbado de casos de depressão a pessoas que efectivamente não o estão (podendo eventualmente ter outros problemas não diagnosticados), agravando ainda mais esta situação é que, além de na grande maioria das vezes serem mal diagnosticadas, de acordo com o DSM-IV (Manual de diagnóstico e estatística das desordens mentais), não cumprem os critérios de diagnóstico para a depressão, ainda vão ser encaminhadas para um tratamento baseado na premissa que existe um desequilíbrio químico no cérebro responsável pela “doença”. Não existindo na verdade evidências científicas que suportem esta teoria.

De acordo com um estudo novo em co-autoria com uma Universidade Estadual da Florida, Jeffrey Lacasse, professor doutorado da Florida State University, e Jonathan Leo, um professor de neuroanatomia no Lincoln Memorial University, no Tennessee, descobriram que os jornalistas que incluíam declarações em artigos sobre a depressão causada por um desequilíbrio químico, ou a falta de serotonina no cérebro, eram incapazes de fornecer provas científicas para apoiar essas afirmações.
Lacasse e Leo passaram cerca de um ano no final de 2006 a 2007, a controlar as notícias diárias de artigos que incluíssem declarações sobre os desequilíbrios químicos e contactando posteriormente com os autores a solicitar evidências que suportassem as suas declarações. Vários jornalistas, psiquiatras e uma empresa farmacêutica responderam aos pedidos dos pesquisadores, mas não forneceram a documentação que suportasse a teoria do desequilíbrio químico.
A apresentação da teoria por parte dos meios de informação como um facto consumado é preocupante, pois deturpa o estatuto actual da teoria”, Lacasse disse. “Por exemplo, há poucos cientistas que vão surgir na defesa desta teoria, e alguns psiquiatras proeminentes reconhecem publicamente a hipótese de que a serotonina é mais metáfora do que um facto. De acordo com os documentos do estudo, quando se perguntou sobre a existência de factos que comprovassem a evidência da teoria da depressão como um desequilíbrio químico no cérebro, os jornalistas não conseguiram citar os artigos primários em apoio à teoria”.

Talvez porque na verdade os factos são inexistentes!

Nos Estados Unidos, como em Portugal a prescrição médica de antidepressivos para a depressão tem vindo a aumentar, enquanto as referências para tratamentos psicológicos têm vindo a diminuir. Este é um acontecimento inverso ao que se poderia esperar, uma vez que existe uma evidência mínima e limitada de que os antidepressivos são eficazes, em adultos e igualmente em crianças. A abordagem psicológica parece ser mais eficaz do que os antidepressivos tanto para adultos como para crianças. Praticamente, todas as psicoterapias para a depressão devidamente aplicadas são eficazes.
Na verdade, tudo parece muito confuso, como é que uma droga pode ser eficaz para o tratamento de um problema, quando essa droga foi criada partindo do princípio que existe um desequilíbrio químico que na verdade tudo indica não existir. Foi criado um tratamento farmacológico para fazer efeito em algo (“doença” de carácter endógeno) que não existe?

Eu concordo que sim!

Então, como é que o nosso sistema de saúde recomenda a toma de medicamentos sem o encaminhamento para a psicoterapia, sabendo-se que os medicamentos não aliviam nem resolvem os problemas na vida das pessoas?
Existem algumas razões possíveis para o aumento da utilização de antidepressivos que podem incluir:

  • (a) A introdução de ISRS (inibidores selectivos da recaptação da serotonina) como por exemplo o Prozac, Paxetil, Zoloft, entre muitos outros, têm menos efeitos colaterais que os tricíclicos.
  • (b) Publicidade agressiva da indústria farmacêutica.
  • (c) Viés da publicação de pesquisa.
  • (d) Erros na investigação metodológica.
  • (e) Um aumento do nível do rastreio para a depressão.
  • (f) Reembolso de medicamentos para terceiros.
  • (g) Maior número de médicos dispostos a tratar a depressão em cuidados de saúde primários.

Há uma clara evidência de que os antidepressivos podem ajudar alguns pacientes, o que não comprova necessariamente a teoria do desequilíbrio químico. Há evidências suficientes para sugerir que os tratamentos psicológicos competentes devem ser o tratamento de primeira linha para a depressão. Há também evidências de que a psicoterapia isoladamente não deve ser prescrita para casos graves de depressão e que a combinação de psicoterapia e antidepressivos pode ser prescrito para pacientes graves e sem resposta. Estes resultados sugerem que existe uma diferença significativa entre a ciência e o tratamento da depressão. As directrizes actuais e recomendações para o tratamento da depressão deveriam ser revistas à luz dos resultados da investigação internacional para bem da saúde pública.

Nota: É importante perceber, que não quis com esta explanação dizer que os antidepressivos não surtem efeito. Aquilo que pretendi transmitir é que quando existe alguma eficácia comprovada tudo aponta que seja devido ao efeito placebo. E que existem alternativas mais eficazes, com menos efeitos colaterais e menos dispendiosas a longo prazo. Assim como as causas da depressão podem estar relacionada com outros factores que não meramente a causa biológica provocada por um desequilíbrio químico.

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Comentários
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Paulo Faustino

Olá Miguel,

Sem qualquer tipo de conhecimento técnico, tenho vindo a perceber ao longo do tempo que a grande maioria dos medicamentos relacionados com depressão, vulgos antidepressivos, têm vindo a ser estudados por profissionais como Irving Kirsch, chegando-se à conclusão de que nada mais fazem do que alertar certos estados físicos no indivíduo, não melhorando em nada a sua condição depressiva.

Acredito que existam alguns medicamentos que podem ser utilizados como forma de relaxar o stress, reduzindo os níveis de ansiedade e pânico em pessoas depressivas, mas que devem ser sempre utilizados conjuntamente com acompanhamento psicológico. Infelizmente o que se vê muito são indivíduos medicados, sem acompanhamento activo e constante, e que muitas vezes acabam por tomar medicação durante a sua vida inteira, quando na realidade isso poderia ter sido evitado.

Infelizmente ainda há muito trabalho pela frente neste campo, e acredito que com matérias deste nível é possível formar as pessoas para que estas tenham um maior conhecimento sobre o seu corpo e o seu cérebro, colocando em prática estratégias que as ajudem a resolver os seus problemas!

Abraço

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Miguel Lucas

Olá Paulo, o assunto dos antidepressivos e mais especificamente a depressão será um assunto que pretendo ir abordando com regularidade. Esta é uma questão que deverá ser levada muito a sério, pois trata-se de assunto de saúde pública que afecta em larga escala as pessoas que se encontram nas malhas desta temática. Seja porque sofrem diariamente, vendo as suas vidas afectadas, seja porque na verdade existe muito desconhecimento e e confusão acerca dos métodos eficazes.

Este é um problema que representa no fundo a natureza humana, pois todos queremos resultados rápidos, e sem esforço (os antidepressivo “prometem” isso mesmo), depois porque quem vende também quer lucro e resultados rápidos, então promovem de forma desmedida a propagação da medicação e sem escrúpulos. A ideia que pretendem transmitir a quem já se encontra num estado de incapacidade é: “Você precisa destes medicamentos para viver”.

Esclarecimento precisa-se

Abraço

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Regina Santana

Olá Miguel
Os meus parabéns por mais um excelente artigo e análise ao livro.

Na minha opinião, que de técnico nada tem, os antidepresssivos, ou algo com os mesmos efeitos fisicmente e durante um período limitado de tempo, fazem sentido numa fase em que por diversos motivos a pessoa deprimida se possa sentir com sintomas de cansaço, dor de cabeça, tensão muscular, etc. por forma a que ela se sinta bem fisicamente.
O sentir-se bem fisicamente vai ser uma mais valia, ou pelo menos, vai ser menos um problema em termos psicologicos.
Mas como não é daí (dor física) que advém a depressão da pessoa em causa, é obviamante necessário o apoio psicológico por forma a “tratar” o cerne da questão”.

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Miguel Lucas

Olá Regina,
Obrigado pelo comentário. Não sou contra os antidepressivo, mas sim desfavorável à prescrição exacerbada dos mesmos, especialmente quando os diagnósticos são errados, e quando as pessoas não têm acompanhamento nem esclarecimento sobre outras acções, estratégias e tratamentos que, sabe-se hoje serem eficazes. Acresce ainda o facto de na grande maioria das vezes, as pessoas terem outros problemas, ou perturbações associadas que necessitam sem dúvida alguma de um acompanhamento psicológico através de um plano estruturado no tempo, com apoio regular e aferição do que está ou não a funcionar para a respectiva pessoa.

Sim, concordo que para casos muito particulares, a toma de um antidepressivo, pode ser benéfico, dado que poderá contribuir para que a pessoa fique mais activa e promover a actividade (esta actividade sim, vai permitir que a pessoa pouco a pouco se sinta mais funcional na sua vida).

A tristeza, angustia, desmotivação, desilusão, saturação e entre outras sensações, sentimentos e sintomas não são depressão, são problemas que necessitam ser entendidos e resolvidos.

Abraço

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Laérth Santos

Bom, na minha região aqui mesmo no brasil o efeito placebo é aplicado de forma diferente, as pessoas custuman pedir a deus meslhoras e após reberem injeções que as vezes nem serviria para tratar determinado tipo de doença, melhoram e acreditam mesmo que foi o Senhor que curou. Já existem muitos casos em minha cidade que a fé move barreiras.

Porém fica a questão, será que isso poderia prejudicar o real problema de uma pessoa que realmente necessitaria de remédios e tratamentos adequados, acreditar na fé poderá trazer consequências futuras caso os devidos tratamentos principalmente psicológicos não tenham sido efetuados de forma correta!

Abraço, excelente conteúdo!

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Miguel Lucas

Olá Laérth Santos,
O efeito placebo é qualquer coisa que a pessoa acredita que lhe possa acontecer, julgando que está relacionado a um factor externo (mesmo que este factor externo não exista ou não tenha qualquer capacidade terapeutica), seja ele qual for. Desta forma a fé, poderá funcionar assim, se as pessoas acreditam, pode beneficiar do facto de acreditarem. Se depois, a pessoa melhorou devido a Deus, ou ao Senhor como disseste, isso é uma crença própria.

Relativamente à questão de poderem existir pessoas que por causa da fé, não procuram os profissionais qualificados (médicos, psiquiatras, psicólogos, entre outros), isso é uma decisão pessoal, a qual eu não aconselho a fazerem. dever-se-á ter sempre a opinião de um profissional qualificado.

Alerto ainda para o facto, que apesar de uma pessoa em sua casa quando faz um curativo, ou toma uma aspirina não faz da pessoa médico, tal como usar uma estratégia psicológica não faz da pessoa psicólogo. Pelo que em situação de elevado mau-estar ou quando a pessoa se sente doente ou incapaz de realizar a sua vida, deverá procurar apoio especializado.

Abraço

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Sindrome do Panico

Eu lembro-me dessa história do Paxil. Além de ter esse pequeno efeito secundário dos suicidios também há o efeito secundário em mulheres que tomaram o anti depressivo enquanto estavam em gestação. Graças a esse medicamento houve centenas de casos de crianças com deficiencias congenitas.

Neste artigo falam de alguns números interessantes do caso do Paxil:
http://www.bloomberg.com/news/2010-07-20/glaxo-said-to-have-paid-1-billion-to-resolve-paxil-birth-defect-lawsuits.html

Durante 9 anos o medicamento vendeu 11,7 Biliões de dólares (só nos Estados Unidos, sem contar com o Reino Unido e o resto da Europa).

O problema está no desespero das pessoas, no lobying que há à volta da comunidade médica e na confiança cega que as pessoas têm nas receitas médicas.

As GSK têm 11.700.000.000 razões para continuar o que faz porque sabe que paga uma multinha e vai a tribunal. O facto de haver criancinhas com defeitos do coração e uns quantos suicidas é um problema pois o balanço trimestral vem com uns biliões. Os accionistas ficam contentes, está tudo numa boa.

A Pfizer (maior do mundo) e a GSK são grandes empresas que dão os piores exemplos. Falta de ética empresarial onde fazem publicidade abusiva e ilegal dos produtos. As multas do marketing abusivo já são contabilizadas antes de fazerem essas infracções. Assim fica tudo contabilizado para dar sempre um bom lucro. Tudo premeditado.

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Miguel Lucas

Olá “Sindrome do panico”, bem vindo à Escola Psicologia.

Obrigado por este comentário excelente. Agradeço a informaçao disponibilizada de grande interesse e valor.É importante que as pessoas fiquem alertadas para estes factos que descreveu no seu comentário.

É preciso estar alerta às campanhas de marketing abusivo e perigoso que as companhias farmaceuticas praticam. Elas querem transmitir a seguinte ideia ” vocês nao podem passar sem os nossos medicamentos”. Isto é abusivo.

Abraço

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DanyOctrome

Olá Miguel!

Eu até nem discordo com a utilização dos anti-depressivos. Se, no final de contas, têm o mesmo resultado que era previsto não vejo problema algum…

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Miguel Lucas

Olá DanyOctrome, sim de facto em parte posso concordar consigo, se os antidepressivos cumprem aquilo para os quais foram prescritos, não tem problema, pelo contrário, até são benéficos. O problemas na grande maioria das vezes está associado aos efeitos secundários, e à quantidade diferente de fármacos receitados.
A outra questão, está relacionada com o facto de os antidepressivos não ensinarem ninguém a lidar com situações incapacitante de vida, quando na grande maioria das vezes as pessoas necessitam de aprender a mudar a sua perspectiva das coisas e a lidar melhor com a frustração e com a sua instabilidade emocional ou auto-estima diminuída. Por algumas destas razões as intervenções psicológicas são mais apelativas.

Abraço

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Ruface

Miguel, eu concordo plenamente consigo, mas acho pouco profissional quando dizes que a fe em Deus é menos recomendado. o processo de fé em Deus é um tratamento eficaz e bem mais do que qualquer um. visto que o "problematico" recorre a leitura da biblia que porventura encontra la varios conselhos, msgns de esperanca, consolo, força e paz. alem disso, existem pastores, padres, bispos, etc que podem lhe ajudar amigavelmente e abertamente.
Meu portugues nao é tao bonito assim mas deu para entender nem?
quanto ao resto, tas com 100% de razao…

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Bruna Gaeta

Olá, Miguel.

Também sou Psicóloga e não discordo de todo o conteúdo e análise que citou acima. Mas nós não podemos desprezar a ação que estas químicas têm sobre a liberação dos neurotransmissores (são como hormônios, só que atuam apenas no cérebro), que já são cientificamente comprovadas.

Como terapeuta cognitivo-comportamental, acredito que o efeito placebo ocorre sim e com muita frequência, já que a maioria dos usuários destes medicamentos sentem melhora antes mesmo deles iniciarem a atuação efetiva no organismo (que se inicia entre 10 e 15 dias após o começo do tratamento).

Mas, em minha análise pessoal, acredito que o efeito placebo é mais aparente principalmente porque nenhum estudioso sabe ao certo como a depressão acontece quimicamente falando dentro do cérebro.

É importante explicar que a depressão pode ocorrer por diversas causas, em sua maioria deficiências químicas cerebrais, porém em um indivíduo pode ser por causa da deficiência da química X, em outro da química Y, e ainda num terceiro da química X e Y. E por não haver ainda nenhum exame clínico ou diagnóstico que identifique exatamente qual a falta, por esse motivo citei acima que ninguém sabe exatamente como a depressão acontece. Mas que isso não seja motivo para ninguém parar qualquer tratamento com antidepressivos por conta própria, pois pode acarretar problemas ainda maiores.

Caso alguém queira tirar alguma dúvida a respeito deste meu comentário, fique a vontade.

E obrigada Miguel por dar-me este espaço para falar de algo que me fascina tanto.

Bjos a todos.

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Miguel Lucas

Olá Bruna, obrigado pelo comentário.

Aprecio muito a troca de opiniões, pois todas são muito válidas. Agradeço ainda o fato de partilhar a sua visão e o que a suporta.

Concordo com o fato de até agora não existirem evidências científicas que provem a existência de um desequilíbrio químico (ainda que na verdade até possa existir). Mas, acima de tudo e baseado nos estudos e edições de alguns autores que desvendam a gananciosa máquina farmaceutica, existe grande interesse de passar a mensagem: “Sem a medicação a sua vida será um inferno”!!

À parte do fenómeno farmacêutico, importa perceber que ainda que se possa comprovar que existe o tal “desequilíbrio químico”, este será certamente um subproduto das circunstâncias que a pessoa enfrente na sua vida (sabemos que os estados de humor depressivos, têm forçosamente de despoletar químicos ou inibir químicos no cérebro e corrente sanguínea influenciado assim os comportamentos (exemplo:paralisação da vontade).

A depressão estabelece assim, sempre uma relação entre a pessoa, a forma como ela pensa e se comporta e o meio envolvente (circunstâncias de vida).

Por essa razão na terapia cognitivo-comportamental o objectivo é restabelecer a qualidade de vida à pessoa e não apensas a eliminação dos sintomas.

Não estou, nem sou contra os antidepressivos, mas sou a favor do esclarecimento e sou, sim, contra teorias da conspiração que levam as pessoas a um calvário de vida (por vezes muitos anos da sua vida) sem qualquer tipo de melhoria, quando tomam medicação para a depressão, muitas vezes acompanhados por médicos de família, e outras vezes psiquiatras, que continuam a querer combater sintomas (enquanto a vida da pessoa continua numa lástima).

Sim, concordo que alguém que regularmente tome antidepressivos não deve interromper a sua toma de forma deliberada e sem o acompanhamento profissional. Mas depois de fazer o desmame, acredito que se tentar outras abordagens (psicológicas) pode ter a oportunidade de conseguir resolver o seu problema (isto caso não tenha conseguido com o tratamento que estava a fazer).

Fique à vontade para irmos trocando opiniões. Volte sempre

Abraço

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Bruna Gaeta

Concordo plenamente cm vc, Miguel. Com certeza não podemos nos impor uma dependência, sendo que temos a máquina mais extrordinária de todas: o nosso cérebro e seu incrível poder de mudança na qualidade de vida do indivíduo.

Apoio totalmente o ato de através de terapia abandonar o uso de medicamentos. Temos este poder bem acima de nosso pescoço, basta saber usar, né.rsrsrs.

Concordo plenamente com vc e admiro sua iniciativa de esclarecer este tipo de assunto tão conturbado no senso comum de forma tão aberta.

Parabéns.

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Eder Petshokers

É possivel no inicio do tratamento os sintomas piorarem ?

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rosimeri

Gostaria muito de comentar sobre esse texto!
Por experiênia própria penso que tenho muito a acrescentar e quem sabe ajudar?
Só preciso saber se meu email vai ser divulgado para os demais leitores do blog?
Se merecer uma resposta, agradeço
Saudações
Rosimeri

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Miguel Lucas

Olá Rosimeri, obrigado pelo comentário.
Estamos sempre receptivos ao enriquecimento dos conteúdos através da colaboração dos leitores, aqui nos comentários.
O seu e-mail como pode verificar não é divulgado, sinta-se à vontade para comentar a informação que achar pertinente.

Abraço

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rosimeri

Olá Miguel
É de fundamental impotância a não divulgação do email de quem comenta!
Parabéns!
Como usuária de antidepressivos tenho que concordar com voce!
Estou descontinuando o uso por ter chegado a mesma conclusão tua!
Também como usuária da psicoterapia,infelizmente, posso afirmar que: pior que o antidepressivo é uma terapeuta(o) despreparada!
Entendo até, que este tema deveria ser debatido!
O psicologo(a) mexe com os sentimentos das pessoas. Isso não é pouco! O mal que a má condução da psicoterapia pode ocasionar é muito significativo, quiçá irreparavel.
Assim também Kay Jamison se manifestou no seu livro “Entendendo o Suicidio”: “…é assustador o despreparo dos profissionais dessa área…”
Sou vítima dos medicamentos e da psicoterapia.
O resultado é que me encontro no fundo do poço e a conclusão de uma junta médica é de que preciso passar por terapia para tentar consertar os estragos da terapia anterior!
Desestimulante, não?
Como se chega à um bom profissional…?
Uma doença tão estigmatizada torna ainda mais dificil encontrar uma indicação, um aconselhamento nesse sentido!
Diversas pessoas comungam da mesma opinião!
Fica a sugestão do tema para ser abordado por voce Miguel, que transmite tanta smpatia (na foto); tanta atenção e tanta preocupação com essa doença cruel.
O Irving está certo na sua colocção, mas agora, um pouco mais crítica, acho que tudo o que ele tinha para dizer, e disse muito bem, já disse.
Está repetitivo, cansativo, não consegue mais empolgar e muito menos passar algo novo, interessante.
O triste é que ele continua sendo o livro de cabeceira de grande parte dos psicólogos(as).
Encontrei o teu comentário ontem e já adicionei aos meus favoritos.
Gostei muito!
É disso que precisamos: coisas diferentes, temas virgens e contemporâneos!
Não sei se fui muito dura ou amarga, mas é o que sente esta signatária portadora de depressão e à procura de uma saída.
Fique bem Miguel!
Tenhas um domingo gostoso, especial….
carinhoso abraço
Rosimeri

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Miguel Lucas

Olá Rosimeri, obrigado pelo comentário.

Fico muito agradecido por ter partilhado a sua experiência pessoal e a sua opinião, é assim que os leitores ficam mais esclarecidos.
Lamento o facto de não ter tido sucesso, nem com a medicação nem com a psicoterapia. concordo consigo, de facto um psicólogo mal preparado pode fazer alguns “estragos”, tal como qualquer profissional que não seja competente naquilo que supostamente deveria saber fazer. No entanto, ainda que tenha razão devido à sua má experiência, temos de tentar separar as coisas, quando estamos perante uma audiência grande, como é o caso dos leitores do Blog. Passo a explicar, aquilo que é importante transmitir são as evidências cientificas relativamente aos estudos controlados, testando as duas formas de intervenção (a farmacológica e a psicológica), e não podemos fugir aos factos. Ainda que a terapia farmacológica possa surtir efeito, aquilo que importa considerar é que grande parte dessa melhoria deve-se ao efeito placebo e não á acção do medicamento.

No que diz respeito a uma intervenção psicológica, certamente também pode vir a ter as suas inconveniências (devido às várias abordagens psicológicas que possam ser utilizadas, e ainda devido ao profissionalismo do profissional em questão, existindo ainda outras coisas que possam influenciar, não são importantes para esta “discussão).

Na comparação das duas terapias referidas, normalmente a abordagem psicológica é feita através da terapia cognitivo-comportamental, que é a que eu pratico e defendo como mais viável com com mais sucesso, ainda assim dependendo sempre da eficácia da sua aplicação.

Outro problema com a questão da depressão, prende-se com o diagnósticos errados, e a partir desta premissa todo o resto será colocado em causa.

Na actualidade a terapia cognitivo-comportamental tem taxas de sucesso bastante apelativas, pelo que as pessoas que sofrem de “Depressão”, têm a possibilidade de procurar esta abordagem.

Como se chega a um bom profissional? esta é um questão muito difícil de responder, no entanto existem algumas formas de conseguir seleccionar um bom profissional. Antes de se decidir, tente saber se tem algum site, se publica alguns artigos, se é recomendado por outras pessoas. Na consulta se lhe explica as fases do tratamento, como irá prosseguir, uma previsão do número de consultas, se lhe propões trabalho para casa, se depois é discutido na próxima consulta, se faz um resumo no final daquilo que mais importa reter, se dá suporte por e-mail e/ou telefone.

Saiba que se ainda se encontra com o problema associado à depressão por resolver, apesar das más experiências, digo-lhe que é possível recuperar desse problema com a ajuda adequada. Aconselho-a a seguir a Escola Psicologia, em breve irei escrever artigos sobre a depressão e esclarecer alguns equívocos.

Abraço

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rosimeri

Oi Miguel!
Só para esclarecer:
Quando me referi aos livros do Irving, obviamente que foi com relação aos que já foram traduzidos para nós!
Estaria sendo incoerente com o meu comentário, uma vez que concordo com o que ele observa no seu livro! Só que o livro que trata no teu texto ainda não foi traduzido para o português!
Escusas pela falha!
Se concordares, pode retirar os meus comentários! Apesar de ser o que realmente penso, acho que este não é o lugar adequado para tal!
Com carinho
Rosimeri

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rosimeri

Nossa Miguel!
Estou ruim mesmo!
Confundi o Irving Kirsch com Irvin D. Yalon!
Coitado do Kirsch, não merece!
Desculpa mais uma vez!
Não vai acontecer mais! É a depressão!
Forte abraço!
Rosimeri

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rosimeri

Nossa Miguel!
Confundi o Irvin Kirsch com o Irving D. Yalom!
O Kirsch não merece!
Desculpa mais uma vez!
Só pode ser a depressão!
Forte abraço!
Rosimeri

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maria erotildes

Alô Rosimeri.
Ótimo comentário.
Também passei por isso e conheço várias conhecidas q. vivenciaram esse fato.
Sugestão que merece acolhida.
Olha aí Miguel. Quem sabe encaras?
abr.

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Miguel Lucas

Olá Maria Erotildes, obrigado pelo comentário

Sim é necessário esclarecimento e frontalidade num assunto que afeta tantas pessoas por todo o mundo.

Espero que tenha conseguido ultrapassar a sua situação e que caminhe agora mais capaz na sua vida

Abraço

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Angústia

Olá, quando tinha 11 anos passei por um problema, deixei de ir à escola, não me sentia bem em sítios públicos, era um menino calmo, sensível, carinhoso..Meus pais me levaram em vários médicos, acabei num psiquiatra, que me receitou um anti-depressivo(paroxetina 20mg) dali a algumas semanas voltei à escola, muito irrequieto, insensível, agressivo, sentia-me dono de tudo, inatingível, depois de começar a tomar esse medicamento sempre fora assim, me metia em confusões, não me conseguia concentrar, não conseguia raciocinar direito, para mim nada era problema, só eu que estava certo e todo mundo errado, arrumei muita confusão, falhei muito , mas não tinha noção disso..Em 2010 já com 23 anos decido cortar a medicação, já tinha tentado antes mas nunca tinha conseguido, era muito doloroso os efeitos no meu corpo, sentia choques na cabeça e tonturas, mas desta vez comecei a cortar o comprimido aos pouquinhos, com muita força consegui em Novembro de 2010 cortar completamente a medicação, minhas mãos deixaram de tremer, deixei de ficar irrequieto, os filmes me comoviam, comecei a conseguir chorar, antes não conseguia, comecei a conseguir pensar de uma maneira diferente, cai em mim e vi que fiz muitas asneiras, antes não comunicava com meus pais, essa droga me tentou roubar minha vida, hoje me sinto muito mal, por todos os erros que cometi, estou destroçado, essa droga me afastou de todo mundo…
Reparem bem nas pessoas que tomam anti-depressivos, elas tem um discurso sem lógica, perdem-se constantemente no seu raciocínio, ficam maníacas, alteram sua forma de estar e vestir, ao falar as palavras não saem, tem crises de euforia..Desligam-se dos pais, filhos, ficam interesseiras…Essa droga é pior que a depressão…Essa droga altera os níveis da serotonina, mas na verdade eles não conseguem medir esses níveis…Estou muito revoltado e angustiado..

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Vera Marques

ola, sou uma rapariga de 29 anos e tenho uma depressao há mais de 10 anos. Concordo plenamente com a Rosimeri’ e o ‘Angustia’, sinto-me exactamente como eles. Andava a estudar, no 11º ano tive que deixar de estudar pq ñ me conseguia concentrar, fui a um psiquiatra sozinha, comecei por tomar uma medicaçao fraquinha (que para variar ñ me lembro o nome) e ate hoje acho que ja tomei todos os anti.depressivos existentes no mercado, ate injecçoes, e soro ja estive. Hoje estou bastante preocupada comigo mesmo pq ñ me consigo concentrar nem a ler um texto, vejo pessoas conhecidas e ñ me lembro quem são ou de onde as conheço, coisas que fiz ontem parece que ja as fiz á uma semana, e coisas que fiz á uma semana ja nem me lembro, ou parece que ja as fiz a mais de um ano, e a minha medica diz.me que isto é normal, que é de eu andar muito nervosa e a pensar sempre nos problemas. Actualmente estou desempregada,increvi-me na escola para acabar o 12º ano e ñ consigo estudar nem fazer os trabalhos, e estou naquele estado que ñ tenho força para nada, so me aptece estar na cama, nem fazer uma caminhada consigo… ñ tenho amigos, pq toda a gente diz que sou uma maluca… os meus pais tb ñ entendem o que passo… mas tenho noçao do que tenho que fazer, que tenho que sair de casa e procurar emprego, tenho que fazer desporto,mas ñ tenho aquela força nem ajuda. e queria deixar de tomar estes anti.depressivos mas ñ sei como, e nem a quem pedir ajuda. Ja li alguns artigos do Miguel, mas nunca os consigo ler ate ao fim, ou com concentraçao. São todos interessantes. Vou continuar a ler concerteza que me irao ajudar. Boa sorte a todos o que passam por esta dor.

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Miguel Lucas

Olá Vera Marques, obrigado pelo comentário.

Existem situações de vida e problemas psicológicos que nos levam para determinados estados emocionais, muitos deles muito destruturantes e incapacitantes. E isto são tudo coisas normais da vida, que sofre não tem de ser necessariamente considerado “maluquinho” ou “anormal”.

Apesar de sentir que é dificil sair do estado que se encontra e não ter vontade para nada, isso é consequência das causas do seu problema. Mas com o devido enquadramento e ajuda é possível pouco a pouco reverter a situação. Precisa de aprender algumas formas de lidar com os seus sentimentos e determinadas situações.

Espero que os artigos possam ajudar. Caso necessite de algo mais, relembro-a que aqui no Blog existem forma directa de ajuda através das consultas de psicologia online.

Sorte e esperança

Abraço

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Juliana

Eu espero que façam efeito porque agora, após 14 anos de depressão (e eu só tinha 7 anos quando começou, nem sabia que tinha nome) estou pensando em começar um tratamento com remédios… durante o processo da depressão, os sintomas fisicos começaram a incomodar… Sonolência excessiva é o pior deles… 14… 16… 18 horas de sono e mais sono e mais sonolência e incapacidade de me concentrar em qualquer coisa… Exames de sangue daqui e dali… para ver se há algum problema, mas nenhum encontrado. Já usei um antidepressivo por 3 dias e parei, tentando por mais de um ano algum outro tipo de saida…
Sinceramente… o sono e a preguiça são os que mais me afetam… o quadro psicológico é mais fácil de lidar… vem as crises, os choros sem razão… os ataques de ansiedade, mas passam… só que com esse sono cada dia maior, eu estou parando de fazer quase tudo durante o dia…. e o tempo não volta…

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Miro

Olá Juliana, espero que recebas essa mensagem. Tenho o problema de dificuldade de sair da cama e já cheguei a conclusão de que isso é mental e não ocasionado por outro motivo. Fico na cama umas 14 horas como você. Gostaria de trocar e-mail contigo para ver se descobrimos uma solução para o nosso problema que impede de adentrar no mercado de trabalho. Muito grave essa dificuldade de sair da cama, não dá para organizar a vida profissional e isso acaba com a pessoa. Meu e-mail para contato é depechemodeecletic@gmail.com.

Vou falar com a psiquiatra na quarta-feira e começar a tomar algum anti depressivo, sofro de transtorno bipolar (pelo menos esse é o diagnóstico) e para mim o remédio para o transtorno funciona e mesmo em dose bem baixa, o que é bom pois daí engordo menos e tremo menos também. Agora vou tentar um anti depressivo para ver se consigo sair cedo da cama. Caso tenhas conseguido uma solução para o teu problema não deixe de compartilhá-la. O mais triste dessa doença de dificuldade de sair da cama é que as pessoas normais acham que é frescura, acham que é preguiça, bobagem e não tem nada a ver.

Abraço,
Miro

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Gioconda

Miguel,
Sou estudante de psicologia. Teus artigos são muito enriquecedores, parabéns pela dedicação e conhecimento.

🙂

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Miguel Lucas

Olá Gioconda, obrigado pelo comentário

Futura colega, agradeço imenso as suas palavras.

Abraço

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Eduardo José Zamai

Sempre acreditei nisso que vc. escreveu em seu texto, sou portador de TOC e já tomei tudo que vc possa imaginar em relação a medicamentos, sozinhos ou combinados, e nas doses mais altas. Fiz TCC na linha de “questionamento de pensamentos” e “pensamentos alternativos”, e não surtiu efeito, agora estou fazendo a TCC com meu psiquiatra na linha “exposição e prevenção de respostas”, mas tb. não estou vendo resultados. Tem alguma dica para me ajudar? Desde já lhe agradeço,

Eduardo

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Daniela Oliveira Magalhães

Olá Miguel!

Descobri o seu site por acaso e já li alguns artigos, que devo dizer estão fantásticos, com linguagem bem acessível e esclarecedores. Este é um tema muito pertinente. Actualmente, acho que há uma onda de depressões e de receitas em exagero sem que se trabalhe o desenvolvimento de estratégias para lidar com as “crises”. Penso que momentos maus ou menos bons sempre vão acontecer.. Lidar com eles e manter o equilíbrio é que é o desafio! Também concordo com algumas opiniões de vão existindo por aí maus profissionais (embora também ache que também há maus utentes 🙂 )

Daniela

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Miguel Lucas

Olá Daniel, obrigado pelo comentário.

A sua opinião reforça a ideia do artigo. É preponderante as pessoas perceberem que podem aprender a lidar com alguns dos seus estados incapacitantes, e que os estados de humor diminuido estabelecem uma forte relação coma vida. Por isso aprender estratégias para enfrentamento dos problemas é um fato que pode fazer uma diferença positiva na vida de cada um de nós.
Abraço

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Felippe

Alguns detalhes:

1- Será que Kirsch já teve depressão? Números e estatísticas nem sempre explicam aquilo que é subjetivo.

2- Certamente há uma publicidade exarcebada da indústria farmacêutica. Porém devemos lembrar que por trás da indústria há cientistas que pensam, além de ganhar dinheiro, querem ser reconhecidos pelas suas descobertas em benefício da humanidade.

3- Faço uso de antidepressivo e posso dizer que tem sido eficaz.

4- O efeito placebo é algo que dura apenas alguns dias. É um efeito temporário. Não se consegue iludir o organismo por muito tempo. Como explicar então a melhora de pessoas que fizeram o uso da medicação antidepressiva por meses ou anos?

5- Há algo contraditório: O efeito é placebo ou a química presente atua na tireóide aliviando os sintomas físicos. Ainda que atue na tireóide aliviando os sintomas físicos da depressão, estará cumprindo parte de sua finalidade. logo, não é efeito placebo.

6- Se o efeito de melhora é placebo, então os efeitos colaterais do uso da medicação deveriam também ser. O que explica os riscos de suicídio, náuseas, dor de cabeça, etc…?

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Manu

Estou passando um momento difícil e tenho estado depressiva ha umtempo. Decidi procurar uma psicologa e ela já na primeira consulta falou em antidepressivos. Lamentei imensamente já que, partilho da ideia que minha felicidade não deve depender de substâncias químicas. Se estou assim agora é pq preciso resolver a causa, não o sintoma! Acredito que sairei disso e me entristece tantos profissionais habilitados para conversar, orientar, recorrerem a uma saída mais fácil porém que gera dependência e que não resolve a conjuntura social e emocional que desencadeou a depressão. Vejo diversas pessoas tomando antidepressivos e é triste constatar que dependem dele para viver, já que essa é a ideiapassada pelas indústrias farmacêuticas.

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FALADOR

PRIMEIRO VC DUVIDA DOS ANTIDEPRESSIVOS, DEPOIS NO FINAL DO ARTIGO FICA COM MEDO DE AFIRMAR QUE OS ANTIDEPRESSIVOS NÃO TEM SEU BENEFICIO ..SINCERAMENTE ACHO QUE VC QUER VENDER LIVROS ….
ANTIDEPRESSIVO FUNCIONA SIM EM QUE TEM A DOENÇA DEPRESSIVA ORGANICA.

AGORA SE A MOCINHA BRIGOU COM O NAMORADINHO E ESPERA QUE ELES RESOLVEM ISSO AE É BRINCADEIRA ..ENFIM ,

ABRAÇOS.

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Miguel Lucas

Olá falador, obrigado pelo comentário.

Para comentar devidamente é necessário ler o artigo e saber interpretá-lo.
As opiniões, mesmo as contrárias (neste caso às suas) devem ser divulgadas, devem ser reveladas para que as pessoas por elas mesmas possam perceber o que será melhor para elas. Este é o objetivo do Blog. Damos a cara acerca de tudo o que escrevemos. E sim, existem sempre outras opiniões. Esta é a nossa.

Não existe profissional nenhum no mundo que consiga provar por A+B que a depressão se deve apenas e exclusivamente a um défice de serotonina no cérebro.

Abraço

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FALADOR

PSICOLOGIA TAVA EM MODA NOS ANOS 1970 ..HOJE JA SABEMOS O FUNCIONAMENTO SEROTONINERGICO ENVOLVIDO EM DEPRESSAO ORGANICA.

OBS : EXISTEM CRIANÇAS DE 1 ANOS COM A DOENÇA DEPRESSIVA É LAMENTAVEL ESSE PRECONCEITO COM UMA SUBSTANCIA QUE PODE AJUDAR EM MUITO EM MÃO DE SABIOS MEDICOS

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Maria

Olá,

Tomo antidepressivo desde que descobri um microadenoma hipofisário, em 2007. Não gosto da ideia do antidepressivo; honestamente eu tinha medo de ficar quimicamente dependente; também não posso negar que me sinto vítima de uma cilada. Explico: quando descobri o tumor, fiquei tão assustada!… Era um momento muito especial da minha vida, estava lançando meu primeiro livro, reatando uma amizade importante que estava estremecida havia anos… Meu mundo girou 360ºC, isto é, eu senti assim. Um tumorzinho vinha estragar tudo! Meu médico viu por bem receitar antidepressivos. Naquele momento, eu acho que tomaria até cicuta pra me livrar da angústia. Estava feito o estrago. Porém acho importante atestar que para o fim ao qual se propunha, o medicamento funcionou, seja ele placebo ou não. Serviu pra eu me acalmar, enfrentar a fase inicial do tratamento, naquele momento.

Com o tempo, o antidepressivo foi roubando-me a vida, ofuscando o meu brilho. Tornei-me, sinto-me um tanto zumbizada. Muitos de meus amigos não sabem das minhas aflições nem da doença, então deixo por conta da imaginação deles interpretar minhas esquisitices alternadas. O fato é que meu raciocínio ficou lento; faz dois anos parei de escrever livros, não faço planos, fiquei desestimulada,letárgica; as reações que eram rápidas, ficaram lentas etc. Tudo isso sem falar na libido: virei um pinguim. Miguel Lucas, morri; apenas pareço estar viva, porque falo, caminho, alimento-me, sorrio, vou à festas, realizo tudo “normalmente” só que sem prazer nenhum. Apenas não quero suicidar-me, perdi o ímpeto, aquele sangue quente de quem não tem a doença.

O desmame é horrível e ainda não consigo. Tentei e recuei.

No que tange ao recurso psicoterapêutico, aqui no Brasil é caro e não é simples procurar um profissional conforme a abordagem psicológica a partir da qual ele desenvolve o trabalho. A razão de deixar aqui o meu relato, é com a finalidade de partilhar minha experiência quanto à depressão e com antidepressivos.

Meus respeitos

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Maria

Tem mais uma observação que eu seria irresponsável se não fizesse: ninguém deve parar a medicação sem o acompanhamento médico, pois é muito perigoso; há relatos até de suicídio por conta da abstinência.

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Miguel Lucas

Olá Maria, obrigado pelo comentário.

Agradeço o relato. É importante para outras pessoas que sofrem com a depressão e com a toma de antidepressivos.

Não posso deixar de transmitir-lhe a informação de que a Depressão (quando n superada com a medicação) tem uma enorme viabilidade de ser ultrapassada com a terapia cognitivo-comportamental. Aqui mesmo no bog é possível ter acesso a consultas de psicologia online (serviço pago) : http://www.escolapsicologia.com/sessoes-online/

Coragem e convicção na melhoria!

Abraço

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HERALDO

Amigo Miguel,poderia responder ao nosso amigo Fellipe.

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Ana Maria Lucas

FIZ TERAPIA POR QUASE UM ANO SEM MEDICAÇÃO ALGUMA E NÃO CONSEGUIR BONS RESULTADOS ESTOU AGORA INICIANDO COM OUTRO PSICOLOGO E ELE RECOMENDOU QUE EU PENSASSE COM MAIS ATENÇÃO NO USO DE MEDICAMENTOS ESTOU DISPOSTA A TENTATIVA CONTANDO QUE EU NÃO FIQUE DEPENDENTE A LONGO PRAZO DESSAS DROGAS, VOCÊ ACHA QUE PELO FATO DE ESTÁ PENSANDO ASSIM PREJUDICARA NO TRATAMENTO,VOU CONSULTAR UM PSIQUIATRA MAS TENHO RECEIO DE SÓ SE TORNAR UM PALIATIVO E EU TENHO OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE COMO HIPOTIROIDISMO E DIABETES MELITTUS, COMO POSSO SABER SE VAI DAR RESULTADOS TUDO ISSO É UM SACRIFÍCIO DANADO SAI PRA OUTRA CIDADE PRAS CONSULTAS AQUI NA MINHA SÓ OS PROGRAMAS DO GOVERNO DISPÕE DE PSICÓLOGOS.

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Raquel

Tenho um familiar que tomou antidepressivo durante anos, e seu comportamento mudou radicalmente, todos percebiam o quanto ele estava bem. O interessante é que durante todos esses anos, ele nunca nem sequer imaginou que tomava algum tipo de remédio todos os dias, pois o antidepressivo era administrado misturado/escondido. E então, como afirmar que antidepressivos atuam muito mais no psicológico?

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icaro

esse problema vem ocorrendo com a minha mae , ela a anos sofria calada e do nada tudo que ela passou se torna em depressão ela passa com médicos e tudo tomava rémedio , mais o rémedio dela acabou antes do tempo determinado ,ai ela ja tomou 2 vezes varios remedio pensando em dormir mais isso acabou quase matando ela , ai agora o médico dela liberou os rémedio novamente mais com um acompanhamento nosso maior ajudando a dar os rémedios, mais agora ela se recussa a tomar , ela falou que quer parar , ela ficou um tempo sem comer emagreceu muito , e esses dias ele foi dormi , ai depois de um tempo que estava deitada nao conseguia se mecher e nem falar , fica tremendo sem nenhuma reação

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nilton coelho

A odontologia respiratoria da oxigenio e regularisa os hormonios curando depressão,panico e outros

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Lucia Moraes

No meu caso o uso de antidepressivos nunca me ajudou em nada, mas causaram-me efeitos colaterais impossíveis de suportar. Ora, se eu tomo um medicamento para melhorar minha qualidade de vida, por que vou tomar um que me deixa pior?
Não sei se isso varia de pessoa para pessoa, sou leiga neste assunto, porém eu já experimentei mais de 15 antidepressivos e nenhum me causou o tão sonhado bem estar emocional.
Quisera que uma pilula mudasse todos meus padrões de comportamento e análise de minhas emoções, ai sim, eu investiria num tratamento assim.
Muito boa sua matéria.
Abraço

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Suzanamafalda

Desculpe-me, mas por quanto tempo você tomou cada um dos medicamentos? Tomo sertralina. Existe um tempo de adaptação ao medicamento. Comigo ela funciona, mas as duas vezes que iniciei o tratamento passo por um processo: sono excessivo, perda de pesa, aumento de apetite, depois aumento de peso, suor e, finalmente, aumento da auto-estima e irritabilidade. Então vejo que é hora de diminuir a dose. Durante todo o processo, tento me manter ocupada, me concentrar em algo que me tire dos ciclo de pensamentos negativos. Quando o sono diminui, passo a praticar exercícios, ao menos uma caminhada três vezes por semana. Não interrompo o tratamento, não esqueço o medicamento. Infelizmente, o processo leva tempo, no meu caso, 4 semanas para melhorar um pouco, Quase um ano para me estabilizar.

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daniela

Tenho transtorno bipolar e sem o litio nao me sinto bem. Porque sera que tentei fazer varios tratamentos psicologicos e nunca melhorei? Acordava numa animacao estonteante e no fim da noite queria morrer de tristeza, e sem motivo algum, porque? Eh claro que se tratava de um desequilibrio bioquimico em meu cerebro…. com varios anos de terapia apenas aprendi a lidar com o problema, tinha mais entendimento com as oscilacoes, mas so melhorei mesmo, e foi em apenas 10 dias apos, muito estranho, pq ja estava desistindo da medicacao, quando no decimo dia, eu ja nao tinha mais oscilacao alguma! Eh claro que era um desequilibrio… Nao adianta em falar sobre o efeito placebo, poque toda vez que tomo um antidepressivo eu sempre pioro, mas com o litio foi diferente… minha vida eh outra!

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LINDINALVA

Parabéns pela matéria…estou começando a sentir certos sintomas, mas estou confiante que vencerei essa situação!

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Elizabeth Fonseca

Dr. Miguel Lucas,
Tendo estado a ler o livro de Augusto Cury – " A Saga de um Pensador", em que se debate o confronto entre a Sociedade, a Psicologia e a Psiquiatria, fiquei curiosa e entusiasmada, daí partilhar o seguinte: Sofro de Depressão e Ansiedade há muitos anos, dizem ser uma depressão endógena e que tenho de tomar antidepressivos toda a minha vida. Estou farta, cansada de depender desta corrente que me agrilhoa e trará futuramente maiores complicações(Tiróide, que já começa, Avc e como já sofro de problemas gástrico- hepático tenho medo de más consequências, daí o terror de uma morte prematura, até porque ao ter tomado o Proaxen potenciou-me a aptência para Tabagismo). Ao ler o referido e extraordinário livro deparo-me que posso dar a volta à situação, mas todos os médicos das várias especialidades não me aconselham a deixar a medicação. No entanto nada de melhoras, estou ficando sem visão, meu raciocínio lento, desmotivada….me sinto um lixo… a ponto de desejar a morte.
Quero deixar a medicação (não pode ser imediata, pois pode desencadear um Ribound), quero viver feliz, e voltar a ter a força de viver. Neste momento estou com Excitalopran e Victan. Como me pode ajudar!!
Com os meus sinceros cumprimentos, aguardo um conselho do Sr. Dr.

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Suzanamafalda

Desculpe-me, mas gostaria de saber se você tem ou conhece alguém com depressão? Pois então, resisti ao tratamento com medicamentos por 5 anos. Fiz de tudo: Ioga, natação, acupuntura, terapia, corrida. A única coisa que me ajudou a aliviar os sintomas foram os exercícios. Tinha preconceito. Mas após um período de muito stress, vendo que estava a caminho de ter de pedir para me internarem em uma clínica, resolvi recorrer a um psiquiatra e tomar remédio. Pois bem, desde que comecei a tomar, minha qualidade de vida melhorou significativamente. Os efeitos não foram imediatos. Acertar a dose, que às vezes deve é menor do que a receitada e não maior, leva tempo e depende de observação do paciente e confiança de que é possível melhorar. Sei que para muitas pessoas o remédio pode não fazer o menor efeito. Mas para mim fez. E não se trata de efeito placebo. Naturalmente, não tomo apenas remédio. Continuo a fazer exercícios físicos, tenho uma boa rede familiar e me mantenho ocupada para afastar pensamentos pessimistas. Mas sem o remédio, nada disso funcionou antes. Quando parei o tratamento, tive uma recaída. Sinto não ter feito o tratamento logo no início. Em vez de sofrer por tanto tempo, poderia ter evitado cair em um estado em que necessito do medicamento sempre. Ainda que muitos possam considerar isso um vício, prefiro aceitar minha condição e prosseguir com o tratamento. Não digo que as indústrias farmacêuticas não sejam vilãs, mas é preciso tomar um certo cuidado com certas críticas.

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Fabio Porter

Olá…Tudo Tem Efeito Placebo Até remédio pra dor .vc da pilula de farinha e dor passa como magica para isso existem os testes duplo cegos. acho no meu ver que vc está puxando sa sardinha para o seu lado , defendendo a psicologia, que tava muito em moda pelos anos 1970
Abs

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FARAGO

eSTOU TRATANDO AQUI EM BRASILIA-DF, minha psiquiatra disse que tenho TAG, ME RECEITOU, raRAZAPINA agora 45mg, e QUETYAPINA 25 mg, Lirica 75 mg e Rivotri,, para ser sincero achoq que to melhorando muito pouco e lento demais.A DOUTORA DISSE QUE NAO QUER PEGAR PESADO, MAS DOUTORA, EU SO QUERO TER UMA VIVA MELHOR, ISSO NAO É PEDIR MUITO. eu adoraria viver melhor do que estou vivendo, faça algo doutora. CONFIO NA SENHORA!!!!!!

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Mara

Em minha opinião ruim com eles, pior sem eles. Muito cuidado ao falar sobre medicamentos, pense na responsabilidade de suas palavras. Apresentar idéais só por apresentar pode ser perigoso. Quem vive no emarnhado dessa doença é melhor ter algo do que nenhuma resposta e apesar do acompanhamento psicolégico AJUDAR, sozinho ele não faz milagres. Precisamos sim dos medicamentos, da fé, do tratamento psicológico e mais do que tudo do respeito das pessoas, principalmente dos profissionais da área com quem esta na condição de depressivo.

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Marco Sampaio

Fui diagnosticado com depressão. Tomo excitalopran 15mg, todos os dias, há 9 meses. Os três primeiros meses iniciais são tortuosos. Tonturas, ânsia de vômito, dores abdominais. Depois desse período a sensação é de vigor, força. Fazia coisas na qual antes nunca havia imaginado fazer. Porém, agora, sinto que aquela angústia diária que sempre me acompanhava, continua comigo. Estou mais agressivo, impetuoso. Chego até a discutir em público, por coisas que poderiam ser relevadas e contornadas com uma simples conversa. Meu médico diz que devo tomar o medicamento pelo resto da vida. Vou ao consultório mensalmente e o médico diz sempre que está tudo bem, entretanto sinto que não está. As vezes parece que estou num beco sem saída. Sinceramente, já troquei de médico e todos eles ressaltam a importância do remédio. Nenhum deles se aprofunda na questão pessoal, sentimental, que seria, ou é, o âmago dos problemas. Atualmente estou em dúvida por deixar ou não de tomar o medicamento.

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Ana Tereza

Parabéns pelo artigo Miguel,
Se me permite, entretanto, ha alguns pontos que gostaria de ressaltar.
Eu estou absolutamente de acordo com a necessidade de nos alertarmos com a idoneidade de companhias farmacêuticas. É importante ter em mente que estas funcionam como qualquer outra empresa, tendo como objetivo o aulento do lucro através do ganho do mercado. E se bem conhecemos os homens, não é preciso de muito para perceber que sob o imperativo do lucro faz-se muita coisa que não necessariamente é o melhor para a sociedade. Assim sendo, muito me preocupa o uso de publicidade num tipo de remedio como este. As industrias querem vender um estilo de vida, tem postura agressiva quando deveriam ser uma ferramenta acessoria no tratamento.
A despeito disso acho perigoso afirmar que os antidepressivos não tem efeito significativo. Primeiro é preciso observar que isto não é um consenso (assim como a ideia de desequilibrio quimico não o é), e assim sendo, não é correto dizer que o medicamento não é eficaz quando existem pesquisas que provam o contrario. Não sabemos quem está certo, mas enquanto não obtivermos essa resposta, afirmar isso atentará contra a ciencia.
Faço este alerta por que muitas pessoas usam esse remedio e ao lerem isto neste espaço podem ficar desanimadas com um tratamento que pode eventualmente ajuda-los. Não significa que você não deve fazer a critica, mas é preciso cuidado ao afirmar categoricamente que a classe de medicamentos que é uma das mais consumidas no país não passa de propaganda.

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Albert Chirac

Boa tarde para todos . Acho de máxima relevância discutir sobre depressão …..síndrome do pânico que é também depressão . Não vou me estender neste meu comentário , que é mais um pedido de solução para quem sofre de depressão. Quero deduzir que a depressão já é uma pandemia …. ou seja , quando a doença se espalha e atinge níveis críticos entre a população mundial. Dirijo-me a OMS, Organização Mundial de Saúde para que se invista em pesquisas sobre depressão. Existem dezenas , centenas de remédios todos para depressão , sem resolver o problema. Temos que pressionar para que possamos ter remédios confiáveis . Estão vendendo "cocaína" viciante , ou seja todo remédio antidepressivo vicia e os efeitos colaterais são piores ainda .

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MARLETE

Ola DR Miguel, sempre leio algo a respeito de depresao e panico, sempre acabo cainda em seu site.Faz algum tempo que estou tomando 2m de rivotril devido meu panico, porque me separei em maio de 2014, e nao aguenei a barra.EM dezembro minha irma querida falecu e nao descubriram a causa, meu chao sumiu.Em 2015 em Dezembro minha filha pediu o divorcio depois de 17 anos casada, e 31 de Dezembro o chefe do meu filho deu maior escandalo na frente de todo mundo porque ele chegou 10 minutos atrado.Ele ficou completamente chocado e desanimado, pediu a conta na mesma hora e veio embora.Confesso que so tenho vonade morrer.Nao me livro do rivotril, e o citta me causa muitos efeitos colaterais.No maximo consigo ficar 2 dias sem depois quase morro.Ja fiz terapia mas nao adiantou.Ja li varios livros auto ajuda e nada.Tenho 58 anos e acho que ja cheguei no meu limie.Nao vejo graça em mais nada.Pra compeltar meu filho começou a fumar maconha e minha mae ficou com pneumonia.Nao tenho amigos, nao quero ver ninguem, nem parentes.Na verdade nao quero mais nada..pbigado.

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D

Olá , vou falar por experiência. Estes remédios NÃO funcionam. Tomei por vários anos e não melhoraram em nada. Além de caríssimos. A desculpa de toma-los foi para evitar piorar. O fato é que nunca melhorei. Tive , inclusive, hepatite por causa de medicamento. Então , eu mesma resolvi ir tirando aos poucos.
Os efeitos colaterais são os piores! Cuidado!!

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Ana

Boa tarde Miguel,
você sabe se tem tradução desse livro “the emperor’s new drugs”, do Irving Kirsch, em português? Obrigada.

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Miguel Lucas

Olá Ana,

Julgo que este livro não foi traduzido para português.

Abraço,

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