Preparação Mental nos Esportes de Combate
Psicologia do Desporto 22/09/2016

Preparação Mental nos Esportes de Combate

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Um cliché muito utilizado é que a atividade desportiva é 10% física e 90% mental. Pessoalmente acho esta estatística exagerada, e certamente não existirá uma forma fiável de podermos medir a importância relativa dos dois fatores. Mas arrisco a dizer que a condição mental e a condição física se encontram intrinsecamente ligadas, fazendo um elemento único fundamental para a boa performance.

A primeira vez que tive contacto com os esportes de combate foi no meu percurso militar como Fuzileiro. Pratiquei judo e boxe, estes dois esportes faziam parte integrante da preparação desta tropa de elite. Aqui experienciei a violência dos golpes físicos, mas também as consequências de perder a calma, a concentração e o objetivo principal – ser eficaz e derrubar o adversário. Rapidamente percebi que não bastava estar bem preparado fisicamente, mas que a estratégia mental como enfrentava o adversário era preponderante para a eficácia dos golpes. Este entendimento foi decisivo durante toda a recruta militar, pois eu era bastante competitivo, e ser bem-sucedido era uma palavra de ordem.

Aprendi ainda, que apesar de estar numa tropa de elite, não é necessário ser-se “herói” ou ter um nível de preparação física extremamente elevado para se ser bem-sucedido. Aquilo que fez a diferença relativamente aos que não conseguiram terminar o curso, foi a força de vontade, a motivação, a resistência à dor e a capacidade de sacrifício que tinham. Os que ficaram pelo caminho tinham igualmente boas capacidades físicas, mas faltavam-lhes as mentais.

Fatores psicológicos são diferenciadores

Pesquisas efetuadas com atletas de nível olímpico e outros atletas de elite, mostram-nos que os fatores psicológicos aumentam o seu grau de importância na performance à medida que o nível do atleta vai evoluindo e a exigência competitiva aumenta. A grande maioria dos atletas passa a grande parte do seu tempo, se não a totalidade, a treinar os aspetos físicos em detrimento dos aspetos mentais.

É importante referir, especialmente para atletas lutadores que o desenvolvimento dos aspetos físicos atinge um pico de evolução mais prematuramente que o condicionamento mental. Todos já observámos combates ou lutas em que fisicamente os oponentes estão com níveis de desenvolvimento físico idênticos, mas com performances desportivas em competição muito distintas.

Então, Isto deve-se a que fator?

Certamente a níveis de desenvolvimento ou preparação mental também distintos. Existirá sem dúvida diferenças muito significativas na abordagem competitiva, ao nível da confiança, concentração, impetuosidade e tenacidade mental.

As diferenças serão ainda mais significativas para quem treina de forma comprometida com a competição e quem treina por diversão e entretenimento. As características entre estes dois tipos de praticantes serão também elas bastantes significativas. Mas em que aspeto? À partida que características saltarão mais à vista?

Acredito que muitos dos atletas que fazem apenas por entretenimento, estejam em plenas condições físicas para combater! Mas com que nível de eficácia? É que para aumentar os níveis de eficácia de movimentos explosivos e precisos, um conjunto de características mentais têm forçosamente que dar suporte a toda a parte física e técnica.

A psicologia desportiva aplica métodos e princípios que permitem aumentar o rendimento e a performance dos atletas, que efetivamente queiram melhoram e se sintam motivados para cumprirem uma auto-disciplina mental rigorosa. A implementação de um programa de treino mental ao treino físico, não funciona como magia, nem é isso que se pretende.

O objetivo principal é fornecer e ensinar um conjunto de estratégias mentais que potenciem o treino desportivo (capacidades já existentes), assim como poder implementar outras que possam não fazer parte do repertório do atleta. Estas estratégias pressupõem a eliminação de algumas barreiras ou dificuldades que o atleta possa apresentar e se verifiquem ser um impedimento ao seu progresso, assim como implementar outras que projetem o atleta para um nível competitivo superior.

Aquilo que os atletas de desportos de combate (esportes de combate), citando apenas alguns (Karate, Judo, Jujitsu, Aikido, Iaido, Kobudo, TaeKwondo, Kung Fu, Capoeira, Sumo, Boxe, Muay Thai, Kickboxing) devem entender sobre a importância do treino mental, é que existem um conjunto de intervenções que já provaram, quer em investigações quer no próprio local de combate, serem de grande importância para a melhoria do rendimento. Não serão as mesmas para todos os atletas, assim como o treino físico não será igual para todos. Se você explicar e ensinar uma “chave de braço” a um atleta noviço, provavelmente não esperará que ele o execute na perfeição depois de apenas uma lição.

Os lutadores facilmente percebem o porquê desta situação, é que são precisas muitas horas de treino físico para se chegar a eficácia de uma técnica. Mas na grande maioria das vezes assumem que as estratégias mentais ou que o treino mental, como a concentração, o controle dos níveis de ativação e excitação, o foco atencional, a gestão da ansiedade ou a tenacidade mental, deverão ocorrer naturalmente, ou que não podem ser aprendidas. Isto é um erro. As estratégias mentais podem ser aprendidas, mas para chegarem ao nível de serem eficazes requerem prática, tal como o treino físico.

Fatores psicológicos na prática

Ao nível mais básico existem 3 estratégias que fazem parte das componentes dos desportos de combate(esportes de combate) que são afetadas e influenciadas pelos fatores psicológicos. Você pode melhorar todas elas: Pensamentos (cognições); Sentimentos (emoções) e físicas (somáticas). Cada uma destas componentes afeta as outras de diversas formas e em situações diferentes. Um pensamento comum é: “O que é que acontece se eu perder?” ou “A minha família e os meus fãs estão aqui, eu irei deixá-los desiludidos e sentir-me-ei humilhado”.

Este tipo de pensamento pode ser muito incapacitante e causa certamente de forma imediata sentimentos de nervosismo, ansiedade e dúvida. Nesse exato momento o atleta irá sentir sensações físicas, como perda momentaneamente de energia, batimento cardíaco acelerado, hiperventilação ou náuseas. Mas este ciclo sabotador não termina aqui, a mente do atleta irá interpretar os sintomas físicos experienciados como um sinal de que o seu corpo está em perigo ou com problemas, não lhe transmitindo sensações de capacidade e eficácia.

O atleta começa a pensar: “Oh meu Deus, estou tramado” ou “Eu vou “morrer” aqui mesmo”. Isto como é óbvio ampliará ainda mais a ansiedade, o medo e a fraqueza sentida, o que fará com que o seu corpo continue a reagir de forma negativa, entrando numa espiral da desgraça, ficando o atleta numa situação bastante crítica.

Se pretende melhorar alguns destes aspetos leia o artigo que escrevi sobre este tema: 8 regras para criar pensamentos capacitadores.

Este ciclo incapacitante não tem necessariamente de começar com um pensamento, pode começar igualmente com um sentimento, talvez de falta de confiança, ou uma sensação física, como borboletas no estômago. Se este ciclo não for identificado e inibido, pode ganhar vida própria e controlar por completo a performance do atleta. Então perante um cenário deste tipo o que pode o atleta fazer?

Assim como na estratégia de luta o atleta deverá preparar-se para o que poderá acontecer em competição e construir um conjunto de habilidades para responder de forma eficaz em situações de pressão. A intervenção dos psicólogos do desporto (psicólogos do esporte) assim como a implementação de um programa de preparação mental no treino tem por objetivo o desenvolvimento do controle dos seus pensamentos, sentimentos e corpo, perante a pressão do adversário.

Em competição, o atleta irá saber como direcionar todo este processo, ao invés de apenas reagir, na grande maioria das vezes de forma desadequada afetando-lhe o rendimento. Um bom lutador nunca entra no ringue ou na arena, sem se ter treinado e a pensar: “vou ver se ele ataca e se…, por isso vou tentar de alguma forma contra-atacar.”

Um bom lutador prepara-se de forma rigorosa e exaustiva, desenvolvendo planos para tantos cenários quanto possível, e desenvolvendo as habilidades necessárias para conseguir executar esses planos antes de entrar em competição. As estratégias mentais ou psicológicas não requerem menos preparação nem menos atenção do que todos os outros aspetos do condicionamento físico.

Como é que o atleta pode trabalhar e resolver o problema?

Usando a teoria que apelido de: Estados incompatíveis entre si. Passo a explicar, quando o atleta direciona intencionalmente os seus pensamentos, emoções e ações motoras, coloca-se num estado de grande capacidade (Zona Ótima de Funcionamento), ficando muito menos vulnerável à influência negativa induzida pela atitude que adota quando apenas reage ao seu adversário. Estrategicamente é como mudar o ritmo de ataque ou transmitir uma atitude de, “ estou aqui para aplicar a minha luta”.

Se o atleta estiver ativamente envolvido com as suas autoverbalizações positivas e capacitadores, é praticamente impossível simultaneamente estar a ter pensamentos derrotistas.

Se o atleta se sentir confiante é muito difícil em simultâneo sentir-se ansioso. Estes estados são incompatíveis entre si. Se o atleta estiver num estado de relaxamento, não consegue simultaneamente estar tenso. As três componentes anteriormente referidas, encontram-se interrrelacionadas, se o atleta tiver um controlo positivo sobre uma, irá automaticamente influenciar as outras, seja para um estado de capacidade ou um de derrota.

Nos programas de preparação mental que aplico, utilizo uma expressão com os atletas que expressa o que aqui descrevi: “o corpo está à escuta da mente.” Tudo o que dizemos e sentimos tem um reflexo nas nossas ações, será tanto mais capacitador quanto melhor forem as indicações intencionais dadas a si próprio por parte do atleta.

Citação a reter: Uma mente ansiosa não pode existir num corpo relaxado.” – Edmund Jacobson

AUTOMONITORIZAÇÃO DAS HABILIDADES

Se um dos objetivos do lutador é ter controlo sobre os seus pensamentos, emoções e estado físico, terá que inicialmente aprender a estar consciente disso. O lutador terá de perceber como é que cada uma destas componentes funciona, antes de as poder mudar de forma eficaz e vantajosa. Terá ainda de perceber as estratégias que melhor funcionam ou podem vir a funcionar, assim como aquilo que deverá alterar ou implementar para que possa melhorar o seu rendimento, e acima de tudo que consiga perante a exigência da competição expressar tudo o que adquiriu em treino para que consiga alcançar um grande desempenho.

Existem algumas formas de o poder fazer. Apresento em seguida um conjunto de perguntas em formato de questionário, não existem respostas certas nem erradas, mas sim o que o atleta pensa ser aquilo que acontece com ele.

O atleta necessita de identificar a forma como pensa, sente e se comporta para ter o seu melhor desempenho. Depois precisa identificar o que fazer para se colocar no seu estado mental ideal para competir (o que necessita fazer para “carregar” o seu modo competitivo). Para que o possa ajudar neste processo precisa tentar recordar algumas competições passadas.
Responda às questões que se seguem para que o ajudem a construir o estado mental competitivo que funciona para si.

Pense numa das suas melhores competições no último ano e responda ao seguinte:

  • 1- Como é que se sentiu minutos antes do combate?
    Nada activado (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) muito activado
    Nada preocupado /sem medo (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) extremamente preocupado
  • 2- O que é que estava a dizer ou a pensar para si minutos antes de iniciar o combate?
  • 3- Como é que foi a sua concentração durante a competição? Em que é que prestou atenção durante a competição?

Agora, pense numa das suas piores competições no último ano e responda ao seguinte:

  • 4- Como é que se sentiu minutos antes do combate?
    Nada activado (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) muito activado
    Nada preocupado / sem medo (1 2 3 4 5 6 7 8 9 10) extremamente preocupado
  • 5- O que é que estava a dizer ou a pensar para si minutos antes de iniciar o combate?
  • 6- Como é que foi a sua concentração durante a competição? Em que é que prestou atenção durante a competição?
  • 7- Quais são as diferenças que encontra relativamente aos seus níveis de energia e aos seus pensamentos antes destas duas competições? E na sua concentração e atenção?

Faça uma revisão das suas respostas. Em particular, nas diferenças que encontrou entre os seus pensamentos, concentração e níveis de energia antes da sua melhor competição comparativamente com a pior. Como é que você prefere pensar/ sentir antes de competir? Em que é que prefere concentrar-se antes e durante a competição? Com estas “coisas” em mente, tente agora perceber e/ou construir um conjunto de estratégias que o ajudem a alcançar o seu estado mental ótimo.

Por exemplo, se para se sentir bem e a competição lhe correr bem tem de se colocar num estado intenso e agressivo, tente identificar algumas coisas em que pensa, diz, e faz que o ajudam a ficar nesse estado. Ou se fica demasiado ansioso ou nervoso quando pensa sobre a competição, tente perceber o que é que faz para se distrair antes da competição (ouvir música, falar com os amigos, estar sozinho, ver os combates dos adversários, etc.)

  • 8- Antes de você competir o seu estado mental ótimo consiste em:
  • 9- Estratégias que o ajudam a atingir o seu estado mental ótimo incluem:

O objetivo do exercício proposto pretende que o atleta tome consciência do conjunto de estratégias que possam funcionar para potenciar o rendimento desportivo. Tomar consciência do corpo, dos pensamentos, aquilo que pensa e como pensa, e aquilo que sente em diferentes fases da sua preparação. A capacidade de auto-monitorização pode ser aprendida com a prática. O atleta pode começar a monitorizar e a registar todas estas coisas durante o treino de forma a que descubra alguns gatilhos ou pistas relevantes que melhorem a performance.

O atleta pode criar um diário de registo em que de forma resumida possa tomar alguns apontamentos depois do treino descrever os seus pensamentos, sentimentos e estados físicos que ocorreram, como você respondeu, e como eles afectaram o seu desempenho. O autoconhecimento vai ajudar o atleta a identificar os estados psicológicos positivos que pode criar, desenvolver, construir e reconhecer os pensamentos negativos, sentimentos e estados que podem interferir com o seu desempenho, para que possa desenvolver um plano para corrigi-los.

Estratégias mentais para melhorar a performance esportiva

Se tem sentido algum tipo de dificuldade para alcançar todo o seu potencial e pretende melhorar, aqui mesmo no site poderá ter acesso a sessões de Psicologia Dsportiva Online comigo.

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QUE ESTRATÉGIAS USA?

Partilhe mais em baixo nos comentários, algumas da estratégias que usa, ou alguma situação que lhe tenha acontecido que julgue ser preponderante para si ou para outros atletas.

Bons combates.

Abraço,

Miguel Lucas

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Comentários
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SamantaSammy

Excelente artigo !
Achei excelente a iniciativa de informar sobre o assunto e depois demonstrar alternativas para um melhor desempenho.
Pratico artes marciais a 8 anos, passei pelo Taekwondo, Kick Boxing e me apaixonei pelo Muay Thai, e posso afirmar que minha atuação só melhorou quando aprendi a me preparar também psicologicamente para o combate !
Antes era feito uma metralhadora ambulante, muita ação, mas pouca eficiência.
Quando mantemos o equilíbrio mental aliado a um ótimo preparo físico, a vitória com certeza fica bem mais acessível.
Adorei o post !
Grande abraço !

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Miguel Lucas

Olá Samanta obrigado pelo comentário e bem-vinda à Escola Psicologia.
Sem dúvida que a capacidade de controlo sobre as emoções e ansiedade são uma mais valia para os atletas.
NO entanto a preparação mental, pode ainda acrescentar muitas coisas à performance através da capacidade de potenciar as próprias capacidades físicas e técnicas, nomeadamente na capacidade de desenvolver mais eficácia nos ataques, capacidade de alerta, concentração, maior poder de decisão, e impetuosidade nos movimentos.

Abraço, bons treinos e boas competições

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Jáder Fonseca Fernandes

Você é uma graça. Adoro lutadoras. E que sorriso lindo.

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everson

qual seu face, eu também estou praticando artes marciais, e vc parece ser bem experiente nisso, se puder me falar mais sobre isso num bate papo, agradeço, até mais…

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Paulo

Olá Paulo,

atualmente, participo de competições de corrida de fundo, 5 e 10 km, mas normalmente em treinos corro até 15 km. Já pratiquei Muay Thai, mas devido a uma lesão tive de parar. Na corrida, o planejamento e a concentração tbm são fundamentais. Só consegui baixar meus tempos qndo comecei a fazer a corrida primeiro, mentalmente, imaginando o percurso e a maneiro de atacá-lo. Depois, executando durante a corrida. Atualmente estou a 5 segundos de ser um Quênia (classificação acima do avançado) craças ao condicionamento mental….hehehe

Abr.

Paulo

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Miguel Lucas

Olá paulo, obrigado pelo seu comentário e igualmente pelo seu testemunho. Bem-vindo à Escola Psicologia.
O uso da visualização como forma de potenciar o treino é uma ferramenta extraordinária, sem bem utilizada permite a que o atleta tenha uma progressão mais prolongada e mais acelerada. A mente está sempre à nossa disposição em qualquer parte permite simulações e análises.

Espero que alcance o seu objectivo e boa prática.

Abraço.

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Pedro Jorge Melo

Parabéns, mestre! Grande artigo e excelente trabalho.

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Miguel Lucas

Olá Pedro Melo, obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.

Espero que possa ter contribuído para a melhoria dos seus treinos. Boa continuação

Abraço

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Alvair

Artigo excelente, importante usar a mente, sem isso somos incapazes de conquistar objetivos.

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Miguel Lucas

Olá Alvair, obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.
Sem dúvida que saber utilizar os recursos da mente é uma mais valia para quem pretende potenciar-se ao máximo.

Abraço

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Bruno Kober

Bom artigo!

Atualmente sou lutador de muay thai e venho tendo bons resultados em cada competição mesmo obtendo vitoria porem acabo oscilando devido ao meu preparo psicologico( creio eu) pois sempre estive com o preparo fisico 100% e tecnico tbm … agora sinto grande dificuldade de escutar instruçoes de meu tecnico quando ele esta ao corner a me orientar, não sei explicar se por causa de falta de concentraçao junto com o impeto de querer acabar com a luta logo! meus casos são extremos pois em dias de competiçao que estou bem chego a ser 100% e até eleito o melhor atleta agora quando estou com falta de foco e concentraçao acabo por me sentir o pior dos lutadores do mundo!
gostaria de saber mais a fundo se voce da escola psicologia teria como me ajudar a obter com alguns exercicios um resultado mental mais satisfatorio levando em consideraçao seu artigo que trata da importancia de se treinar o mental tanto quanto o fisico

Muito obrigado

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Miguel Lucas

Olá Bruno, obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.
Sem dúvida que existem algumas estratégias das quais pode benificiar. Nomedamente na preparação das pré-rotinas competitivas, ao nível das sensações corporais e daquilo que pensa e diz nas horas ou dia antes da competição. Cada caso é um caso, mas ao dizer que quando entra em luta pretender acabar logo, isso já não é um bom indicador, pois pode aparentar alguma ansiedade, ou falta de confiança, nomeadamente ao longo do combate, ou seja, quanto mais tempo passa e o combate se aproxima do seu final, o seu nervosismo vai aumentando. Isto pode na verdade ser um problema e poderá estar também associado ao facto de não ouvir o seu teinador, visto que está hiper-focado em acabar depressa com a luta, não existindo espaço para mais nada.
Pode beneficiar, de treinar uma estratégia – Em que na luta existem várias fases, e para cada uma delas deverá accionar uma capacidade mental e orientações técnicas e táticas. Precisar de melhorar algumas coisas, não é sinónimo de que não tem valor. É sim sinónimo de que se melhorar, poderá tornar-se num lutador muito mais consistente e temido.
Caso pretenda mais esclarecimentos, pode sempre contactar-me por mail: geral@escolapsicologia.com

Abraço

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Pedro Espinosa

Excelente artigo!
Sou praticante de Karatê, e depois de 3 anos parado voltei a ativa neste ano. Mais maduro hoje vejo a importância da mente não só na hora da competição, mas também nos treinamentos, na hora de superar os limites e aperfeiçoar a parte física. Estou me preparando para o Campeonato Brasileiro, mês que vem, e tenho tentado focar muito na parte mental afim de buscar melhores resultados.
Não conhecia o teu blog, fiquei conhecendo hoje por indicação de um dos meus professores, Sensei Mário Heber, e gostei muito do material encontrado, especialmente na área de esportes de combate.

Parabéns!

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Miguel Lucas

Olá Pespinosa, obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.
Sem dúvida que cada vez mais a preparação mental faz a diferença no mundo esportivo. No caso dos esportes de combate, existem preparos muitos específicos, devido à quantidade de energia aplicada e com precisão. Os níveis de confiança e de eficácia têm de estar ao mais alto nível, para isso não basta treinar, é necessário treinar estando num elevado estado mental, o atleta deverá aprender a colocar-se num elevado estado de recursos, mobilizar tudo o que treinou com o máximo de intencionalidade para no dia do combate, o corpo conseguir agir “carregado” a 100%.
O velho cliché de a prática faz a perfeição está errado. deve ser alterado para: ” A boa prática ao mais alto nível faz a perfeição.”
A ideia do esportista de competição deverá ser: “se não estou a melhorar, então estou a piorar”
A concentração deverá estar sempre virada para a melhoria, melhoria, melhoria.

Bons combates, e bons treinos:)

Abraço

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Nuno Saraiva

Olá Miguel,

Quero felicitar o Miguel pelo excelente site e pela maravilhosa informação que este contém.
São informações/ferramentas muito úteis, tanto para a Vida Desportiva, como para a Vida Social.

Abraço e continuação de um bom trabalho!

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Miguel Lucas

Olá Nuno, Obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.
Agradeço o incentivo, e espero que encontres por aqui muito material útil para a tua evolução desportiva 🙂

Abraço

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Ricardo Fontes

Olá amigo adorei o artigo e gostaria de saber se poderia publica-lo em meu site com sua autoria..
Obrigado e aguardo sua resposta.

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Miguel Lucas

Olá Ricardo Fontes, obrigado pelo comentário.
Sim, claro que pode publicar, fico lisonjeado com o seu pedido. Agradeço apenas que refira e fonte e deixe um Link para a Escola Psicologia.

Abraço

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Jocelino

Olá Miguel,

Eu pessoalmente sou hiperactivo em todas as actividades que pratico quer elas exijam ou não muito despendio de energia, todavia, sempre que submetido a um momento de adrenalina ou simplesmente quando a minha concentração e quebrada por algum motivo qualquer(maioritariamente barulhos imensos) sinto logo uma especie de ataque hipoglicemico, perda de força nas articulações(principalmente joelhos), aumento da transpiração, etc, e gostaria imenso de receber algumas dicas suas para ver se melhoro isto, pois uma das melhores recomendações que recebi foi a de me expor a mais situações desse genero para acostumar :S,
agradeço e felicitações pelo artigo.

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Miguel Lucas

Olá Jocelino,obrigado pelo comentário e bem-vindo à Escola Psicologia.
O fato de ser hiperactivo, só por si pode ter uma relação com a perda de concentração. De qualquer forma, a recomendação que lhe deram de se expor a situação de perda de concentração (barulhos intensos) é uma das formas recomendadas. Se não deu certo, deverá nessa mesma situação de exposição, sempre que perca a concentração e sinta uma perda de energia, deverá tentar relaxar e ao mesmo tempo visualizar-se a conseguir dirigir a sua atenção para os aspectos importantes da prática do exercício esportivo.
A perda de energia, pode surguir do fato de ficar irritado com a perda de controlo (a perda de energia, funciona aqui como um sintoma da perda de concentração).

Tenho uma versão reduzida de relaxamento no meu artigo: 10 técnicas poderosas de relaxamento.

Deverá treinar o relaxamento de forma independente e gravar as sensações sentidas no seu corpo quando está nesse estado, para que consiga reproduzir essas mesmas sensações, quando perder o controlo.

Abraço

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Jocelino

valeu Miguel,

Encontro-me agora mesmo pondo em pratica o passo nº10 pois em poucas semanas terei um mundial de Artes Marciais e este problema me estava mesmo a incomodar.
Se possivel conheça um pouco do meu trabalho em http://www.kickboxingangola.com ou http://www.fightsocietyangola.blogspot.com

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Miguel simão

Sou praticante de karate, krav maga, tecnicamente e fisicamente sou muito acima da média mas tenho um grande problema com o qual nao sei lidar, em situação de competição/ou situação real fico de tal maneira petrificado/nervoso que nada me sai bem, o pensamento é sempre derrotista, gostava de ter uma opinião sua?

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Miguel Lucas

Olá Miguel Simão, obrigado pelo comentário.
Os dados que me forneceu são muito poucos, mas provavelmente trata-se de um problema de auto-confiança diminuída, talvez não em relação ás suas capacidades, mas gera-se a dúvida de que receia não ser capaz de aplicar em combate todo o seu potencial. Independentemente das causas que possam estar na base do seu problema, aquilo que acontece a muitos atletas, trata-se de um problema de “dirigir a atenção” ou seja um problema de concentração no processos para o êxito. A concentração trata-se de focar a atenção naquilo que quer que aconteça (focar-se na estratégia a aplicar no combate, na técnica, na tática, no tipo de tática do adversário, na sua mobilização energética)…existem um conjunto de coisas sobre as quais deve focar-se, antes e durante a competição. Acredito, que se conseguir dirigir a sua atenção para o que é importante, rapidamente os seus pensamentos deixarão de estar focados nos pensamentos derrotistas.

Invista nas suas rotinas pré-competitivas, pode fazê-lo também de forma imaginada (usando a visualização). Convém inicialmente aprender a fazer relaxamento, e depois nesse estado, visualizar as pré-rotinas competitivas (veja-se a executar os comportamentos adequados e a pensar aquilo que facilita a aplicação das suas capacidades em combate).

Estou à disposição para trocar opiniões.

Abraço

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Pedro

Em situações de pressão fico completamente “congelado”, já fui competidor de karaté, deixei de competir exactamente por este mesmo motivo, com o aproximar das competições ficava num estado de nervos elevadíssimo que quase nem comia. No dia da competição nem se fala, nada saia bem. Se desempenho uma tarefa na perfeição sem pressão, quando confrontado com pressão, ou uma pequena competição/desafio essa tarefa sai tudo menos perfeita. Passo muito deste problema para o meu dia-a-dia gostava muito de o ultrapassar, gostava de obter uma opinião sua?
Obrigado pela sua atenção

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Mauricio

Olá tenho 12 anos e estou muito preocupado com minha competiçao de muay thai nunca eu competi vou competir dia 12/05/2012

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Fernando

Ola colega, parabens pelo seu artigo.
Gostaria de algumas dicas, depois que fiquei sabendo que vou lutar comecei a ficar nervoso e fico sem apetite. Na hora do treino fico mt preocupado com o meu gas, mas fisicamente estou otimo, acabo morrendo no gas por causa do psicologico, fico com dor de barriga e tal.
Que conselhos poderia me passar e que exercicios para melhorar na concentracao e esvaziar a mente!

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Marcos

Caro Miguel,
meu nome é Marcos, sou brasileiro, venho acompanhando seus textos daqui do outro lado do Atlântico. Eles estão me ajudando muito.
Estudo para ser aprovado em um concurso de juiz do trabalho e no meu caminho de estudos as situações que me aparecem sao parecidas com os esportes. É necessário muita força de vontade, diálogos internos capacitadores, resistência a dor, concentração. Isso tudo é muito difícil de se ter, mas venho pegando dicas preciosas em seus textos, dicas muito precisas na identificação de como ter um estudo eficiente.
Um grande abraço Marcos

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leonardo fonseca

olá sou leonardo fonseca sou atleta de muai thay e ja fiz 5 lutas incluindo uma profissional
mas antes dessa luta profissional começei a sofrer de transtorno de ansiedade assim o pisquiatra me diagnosticou e agora tenho muito medo de continuar lutando alguém poderia me explicar o pq será q é pq ja tomei um nocaute mas os sintomas apareceram bem depois????

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Jáder Fonseca Fernandes

Bom dia. Gostaria de uma dica para amenizar o medo que tenho de lutar. Pratico Karatê Shotokan a 1 ano e 4 meses. Sou faixa amarela. Machuquei as costelas e a mandíbula no ano passado e desde então, não consigo fazer boas lutas com meus companheiros de Dojo. Ontem mesmo tive aula e teve combate. Não lutei. Fiquei travado. Ajuda aí………….. Seu artigo sobre preparação mental é show de bola. Parabéns.

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Pedro Alcântara

Sou praticante de Kick Boxing e acho a melhor forma de se concentrar ouvindo música para descontrair e evitar pressão externa …

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Isadora almeida

Olá, excelente blog, ja li praticamente todos os diversos tipos de textos os quais se referem ao aperfeiçoamento de tecnicas mentais as quais estou buscando incluir na minha rotina, apesar do pouco tempo, me sinto gradativamente diferente, ate mais confiante e lhe agradeço por isso! Sou atleta a nivel nacional de karate shotokan, tenho 14 anos, pratico o esporte a 5 anos, busco esquilibrar me emocionalmente, medito (nao a muito tempo), busco sempre a perfeicao dos meus movimentos, acabei de sair de uma federacao para outro muito maior, tenho um campeonato em breve muito maior, estou me tornando uma atleta mais confiante, mas preciso exercitar isso mais do que nunca, estou ansiosa, gostaria de dicas, eu queria que alguem de sua alto excelência me direciona se ao caminho certo, pq tenho certas duvidas

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Daniel

Olá, gostei muito das dicas, sou praticante de jiu-jitsu a mais de 10 anos, mas nunca me dei bem em competições, sou do tipo que nos treinos luto muito bem, mas na hora da competição meu rendimento cai muito, fico muito nervoso, borboletas na barriga, canso nos primeiros minutos de lutas e nao consigo focar na minha estrategia de luta, como se eu ficasse paralisado, é muito ruim, pq sei que tenho um grande potencial, todos me falam isso, mas não consigo evoluir nos campeonatos e isso acaba me frustrando muito…

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Emerson

Adorei o texto. Amanhã irei competir no Panamericano de Jiu-jitsu no RJ. Este texto me fez perceber que certos pensamentos não fazem bem a minha performace. Agora estarei mais atento e espero poder dar o meu melhor.

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FRANCILENE

sou praticante de tiro esportivo e irei a uma competicão mundial. O treinamento físico vai bem, mas não controle meu emocional e sinto muitas dificuldades para a concentração antes da execução do tiro.os textos estão me ajudando a entender o processo.
Francilene.

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