Construa uma vida saudável ficando ciente do que pensa, sente e faz
Saúde e Bem-Estar 22/09/2016

Construa uma vida saudável ficando ciente do que pensa, sente e faz

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

A maioria de nós gasta muito tempo dentro de nossa própria mente. Preocupamo-nos demasiado com o futuro, com os acontecimentos traumáticos do passado, e, geralmente, concentramo-nos nas partes da vida que nos deixam insatisfeitos. Revivemos comportamentos que não nos deixam orgulhosos, prometemos a nós mesmos mudar ou fazer melhor na próxima oportunidade. Mas, mais vezes do que o desejado constatamos que a mudança raramente se efetiva. A decepção instala-se e desiste-se de construir uma vida mais saudável e coerente com os desejos e sonhos.  

A boa notícia é que com prática e dedicação, você pode substituir padrões de comportamento e pensamento negativo por padrões mais construtivos e que podem realmente ajudá-lo. E isso pode fazer uma enorme diferença na sua felicidade, bem-estar e realização pessoal.

A mudança é um processo em três vertentes, porque estamos tentando mudar o que pensamos, o que sentimos e o que fazemos sobre os nossos hábitos. Nem sempre é fácil instituir os três nas atividades diárias. Somos seres que pensamos, sentimos e fazemos coisas diariamente, por isso, devemos explorar cada uma das vertentes ao implementar mudanças a longo prazo nas nossas vidas.

Os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos contêm informações valiosas sobre o propósito dos nossos hábitos e equilíbrio emocional.

Pensamento

Pergunte a si mesmo: “O que eu digo a mim mesmo sobre o meu hábito indesejado?”

Então, seja honesto consigo mesmo e anote. Transforme em letras de música, ou tire uma foto e coloque bem visível no seu quarto. Faça do jeito que melhore funcione para si. Pode ser difícil de ver ou ouvir, mas este processo vai ajudá-lo a ficar consciente das suas verbalizações autossabotadoras. Ao longo do tempo, todos nós desenvolvemos pensamentos automáticos ou racionalizações sobre alguns dos nossos hábitos prejudiciais que precisam ser revistos. Por exemplo:

“Eu posso parar a qualquer momento se eu quiser.”
“Eu trabalho duro, eu mereço isso.”
“Eu não teria que gritar se minha família me ouvisse.”
“Irei ficar melhor assim que tenha menos stress na minha vida.”
“Pelo menos eu não sou tão ruim quanto o meu primo.”
“O que eles vão pensar de mim?”
“Eu nunca vou ser capaz de parar. Eu sou assim.”

Não se desculpe, mas também não se culpabilize pelos hábitos mentais prejudiciais que venha a descobrir e que você tem vindo a alimentar. Reestruture de forma mais saudável o seu padrão de pensamento. Assuma a responsabilidade daquilo que pensa e das ações que o seu pensamento influencia. Se quer obter outros resultados, por certo terá de mudar a forma como pensa acerca de si, dos outros e do mundo em geral.

O exercício de tomar consciência, permite que você apanhe a si mesmo a ir pelos caminhos mentais que o prejudicam e que ao mesmo tempo alimentam os seus velhos hábitos indesejados.

refletir

Sentimento

Pergunte a si mesmo: “Como eu me sinto sobre esse hábito?”

Em seguida, anote. Identificar a forma como você se sente será um processo de tentativa e erro. A sua ambivalência provavelmente irá prevalecer por algum tempo. Isto é muito normal. Sendo sincero e ouvir a si mesmo irá ajudar a construir autocompaixão. Esse processo irá revelar informações valiosas sobre a parte de você que não quer desistir desse hábito prejudicial. Existem sempre prós e contras num hábito adquirido. O conflito será mais facilmente revelado se você perceber o que sente em relação a esse hábito.

O seu objetivo é tomar consciência da maneira mais saudável de agir no mundo expressando os seus valores mais elevados. Aumentando a sua consciência e curiosidade para com todos os sentimentos associados aos seus hábitos (por exemplo: Vergonha, raiva, medo, segurança, alívio, poder, controle, ou impotência), irá apontar para pistas que ajudarão a entender as suas necessidades e como poderá satisfazê-las de forma mais saudável. Ou seja, descobrindo que hábito mais favorável (novo hábito) poderá você escolher para cumprir as suas necessidades e interesses.

Você é mais forte do que os seus sentimentos, e ao compreendê-los, mais facilmente constrói o seu reservatório de resiliência que permitirá sobrepor-se aos seus incómodos sentidos.

Comportamento

Pergunte a si mesmo: “O que estou fazendo atualmente sobre o meu mau hábito?

Estou tomando medidas para compreender qual o impacto que este hábito tem sobre mim? Estou a praticar alternativas mais saudáveis ??para a minha vida?

Se você respondeu sim a qualquer destas perguntas, isso é incrível. A sua dedicação e decisão a favor da mudança de hábitos exige uma grande dose de compromisso e humildade. Estou certo que o seu sentimento de realização será grande.

Se não for o seu caso, fico esperançado que pondere sobre a mudança saudável e com isso aplicar este processo de três passos para a mudança de hábitos.

Dicas adicionais

Se perceber que tem possibilidade de escolha perante os hábitos que pratica, é capaz de criar um novo mapa mental para novos hábitos. Isto é importante, porque o que você colocar no lugar dos seus maus hábitos tem de ser realista e servir a sua necessidade de mudança de uma forma saudável.

O que você quer pensar, como quer sentir-se e como deseja agir acerca dos seus velhos hábitos? Quando confrontado com sentimentos intensos, imagine o que eles podem estar tentando ensinar-lhe.

Pode ser útil dizer a si mesmo, quando você sente:

Frustração: Esta é a minha oportunidade de desenvolver a paciência.
Tristeza: Isso me lembra do que é importante para mim.
Raiva: Isso me ajuda a entender o que preciso e não estou conseguindo obter.
Medo: Isso me diz que é importante buscar apoio e me faz lembrar que eu preciso sentir uma sensação de segurança. Todos nós necessitamos.
Felicidade: É o que eu sou grato?

Lembre-se que você é digno de se dar tempo e oportunidade para atender às suas necessidades de forma mais saudável. É normal, por vezes, sentirmo-nos perdidos ou confusos. Esta é uma oportunidade de fazer algo diferente e perguntar se o seu comportamento está a contribuir para ficar mais perto ou mais longe dos seus objetivos. Em última análise, você está no comando das suas escolhas e da sua vida.

Lembre-se que reveses são normais. Essa é uma forma de aprendizagem ao longo da nossa vida. Tendo um comportamento intencional nas suas atividades promotoras de melhoria e pedir aos outros alguma forma de apoio quando atravessa  tempos difíceis, é o fundamento para promover a mudança que você procura dentro de si mesmo.

Para aprofundar o assunto, leia: Capacite-se e lidere-se para mudar os maus hábitos

Abraço,

Miguel Lucas

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Comentários
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Rosana

Miguel,

Gostei muito do seu post, das dicas práticas e especialmente dessa frase:

"Você é mais forte do que os seus sentimentos, e ao compreendê-los, mais facilmente constrói o seu reservatório de resiliência que permitirá sobrepor-se aos seus incómodos sentidos."
É algo para ser pensado e repensado.

Abraços,

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Miguel Lucas

Olá Rosana,

Obrigado pelo seu comentário. Fico esperançado que possa acrescentar valor na sua vida.

Abraço.

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Bruna

Estou lendo todos seus artigos. Tem sido minha leitura diária, me faz pensar e reavaliar minhas atitudes. Amei.

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Jaque

Eu amo esse site porque os textos me ajudam demais! Controlar os pensamentos, através das emoções, focar sempre no positivo e fazer sempre o que é certo, de vez em quando, parece contraditório, mas me dá certo desespero nesse mundo atual, onde toda boa ação acaba sendo mal intepretada por alguns. Eu estou tentando, mas confesso que as vezes me bate uma sensação de desespero quando penso demais sobre as coisas… Enfim, ser racional/emocional demais, é algo que estou precisando aprender a equilibrar.

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Guilherme

Muito bom o post, realmente os sentimos possuem uma função e quase nunca paramos para analisá-los. A auto consciência foi uma das melhores habilidades que desenvolvi (e continuo desenvolvendo claro), ela é dos principais pilares da auto estima.

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william nascimento

ótimo comentário sobre a nossa auto – estima e como nos darmos com os confrontos do nosso dia- dia…

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