Na vida, arrisco a dizer que todos queremos ser bem-sucedidos. Todos queremos ser donos do nosso destino, ser autónomos e independentes nas nossas tomadas de decisão. Queremos possuir poder. O poder de materializar aquilo que desejamos atingir. Na base de qualquer decisão, está o pensamento, o que suporta esse pensamento é o funcionamento da nossa mente que é produzida pelo funcionamento do nosso cérebro.
O cérebro influencia aquilo que pensamos e o que pensamos influencia o funcionamento do cérebro. Como Anthony Robbins transmite no seu livro: O Poder Sem Limites, o nosso maior poder está na relação que estabelecemos connosco e na forma como estruturamos o nosso diálogo interno.
O nosso diálogo interno funciona como a matéria prima para a estrutura funcional do cérebro. A forma como moldamos aquilo que dizemos a nós mesmos, vai criar um conjunto de redes neuronais no cérebro que podem jogar a nosso favor ou contra nós. Inevitavelmente a negatividade ou a positividade com que encaramos a nossa vida, está materializada na rede neuronal que constitui o nosso cérebro e que cria a nossa mente.
Quando dizemos que temos esta ou aquela mentalidade, estamos indiretamente a dizer que a nossa mente reflete uma determinada forma de raciocinar. Esta forma de raciocinar foi-se enraizando em parte pela grande influência que o nosso discurso interno tem na construção e orientação dos nossos pensamentos e consequentes hábitos.
O diálogo interno sofre influência do sistema de crenças
Tal como o escultor usa uma determinada ferramenta para talhar a pedra ou a madeira e dai criar a peça desejada, assim funciona o nosso diálogo interno. Cada vez que verbalizamos silenciosamente uma auto crítica destrutiva e incisiva, assim isso vai deixando as suas marcas no cérebro. Levando isto em consideração, e sabendo igualmente que o cérebro é plástico (não é rígido e imutável como a escultura), é possível propor-nos à mudança.
Para que isso seja possível, temos de ter a noção de algumas crenças que possam estar a auto sabotar uma adequação positiva à vida. Nós funcionamos como um todo, e como tal, para que o processo de mudança seja eficazmente instituído é necessário levar vários fatores em consideração. Um desses fatores, que joga um papel decisivo para uma mudança positiva no seu diálogo interno é a mudança das crenças disfuncionais. Expliquei detalhadamente como mudar as crenças nos artigos: Mude as suas crenças, evolua a sua mente – parte I e parte II.
As crenças são todas as ideias que você acha que são verdadeiras acerca de si próprio, dos outros, do mundo e do seu futuro. É premente clarificar o que você acredita, quem você é, o que você quer, e porque você quer. As crenças funcionam como um farol numa noite escura, orientando-lhe a realização dos seus desejos, ou ao invés dificultando a sua obtenção.
As crenças disfuncionais são semelhantes às distorções cognitivas e a maioria das crenças disfuncionais podem ser consideradas distorções cognitivas. No entanto, nem todas as distorções cognitivas podem ser considerados crenças disfuncionais.
Isto, porque as distorções cognitivas:
- Não são necessariamente negativas, nem têm de resultar em consequências negativas. Por exemplo, uma interpretação excessivamente otimista de um evento traumático pode ser uma distorção cognitiva, mas não é uma coisa ruim, e pode ser uma coisa boa.
- São geralmente dependentes do contexto, significando que elas fazem mais sentido quando são aplicados diretamente a uma situação específica. Por exemplo, a fim de ampliar um erro como um fracasso total, esse erro precisa ocorrer primeiro. Portanto, a distorção cognitiva (ampliação) existe quando a situação (ter cometido um erro), também existe.
As crenças disfuncionais, por outro lado:
- São negativas e prejudiciais, por definição (disfuncionais).
- Não são tão dependentes do contexto como as distorções cognitivas, pois elas podem existir mesmo quando a situação não existe. Por exemplo, uma crença disfuncional é que a emoção da raiva é perigosa e deve ser evitada a todo custo. Você pode manter essa crença, esteja ou não a experimentar raiva.
As crenças disfuncionais, e igualmente as distorções cognitivas inevitavelmente emaranham-se com o nosso discurso interno. Tornando-se difícil perceber o que é que está dependente do quê. É mais funcional falarmos de interdependência equitativa. No entanto, não podemos esquecer que a ferramenta a utilizar para mudar as crenças disfuncionais é a reestruturação do seu diálogo interno. E o diálogo interno só pode ser mudado com eficácia se aumentar a consciência do seu próprio diálogo auto crítico e destrutivo.
O processo a ter em conta, será: Monitorização do discurso, Identificação da auto crítica e pensamentos destrutivos, seguida da substituição do discurso inadequado e indesejável por um mais assertivo e funcional.
Este é o processo que alimenta a reestruturação do seu diálogo interno auto depreciativo para um diálogo interno capacitador e positivo. Na técnica de monitorização, é importante estar ciente daquilo que anda à procura para mudar, e para que o possa fazer com êxito, deverá fazer uso da sua atenção. Ao focar a sua atenção no seu próprio discurso e ao identificar o que o tem prejudicado até ao momento, deverá redireccionar a sua atenção para a construção do diálogo interno assertivo que quer implementar. E depois, segui-lo!
Expliquei a importância de deixar de dizer algumas frases ou palavras depreciativas e impotentes no artigo: Deixe de dizer, desculpe, eu não sei, eu não consigo – parte I e parte II. Pode ainda analisar o impacto das distorções cognitivas no artigo: Distorções do pensamento, saiba porque causam problemas e como as mudar.
Apresentei também a ideia de que as pessoas que sofrem de depressão desenvolvem alterações disfuncionais no seu raciocínio, como pode ler no artigo: Depressão, será um erro de raciocínio?
O diálogo interno, seu passado e a sua história
Os eventos passados, os nossos feitos, as nossas derrotas, infortúnios, conquistas, desilusões, mágoas, tristezas, alegrias, traumas, contam a nossa história. A nossa história, inevitavelmente é feita de bons e maus momentos. É a relação entre estes dois momentos distintos que permitem fazer um balanço do nosso passado. Esse balanço pode promover ou dificultar o nosso presente e a projeção para o futuro. Pode ter chegado ao dia de hoje carregado de negatividade, a qual foi certamente forjada em parte pelo seu diálogo interno de auto crítica destrutiva, incisiva e negativa.
É certo que aquilo que disse a si mesmo não pode ser mudado, assim como as consequências desse discurso. No entanto, aquilo que pode ser feito é uma resignificação do passado. Pode olhar para os acontecimentos e atribuir-lhe um significado diferente, mais adequado, mais funcional e construtivo. Libertando-se das mágoas do passado, fica em posição de abandonar igualmente o discurso que em muito pode ter contribuído para exacerbar os acontecimentos negativos (uns inevitáveis outros promovidos por si).
Para mudar a sua história futura é necessário colocar em marcha um processo de mudança. É necessário reestruturar o seu diálogo interno. Aquilo que dia após dia vamos verbalizando para nós mesmo, e se materializa em ações ou na ausência delas, vai construindo a nossa história. Se está insatisfeito com a sua até ao momento atual, mude, faça algo de diferente.
Expliquei o assunto de forma aprofundada no artigo: Mude a sua história, se está insatisfeito faça algo de diferente.
Quando faz o balanço do seu passado e deteta que existe uma enorme insatisfação, volte-se para si, observe o que tem dito a si mesmo, o que pensa de si, como olha para o mundo. Sente-se desesperançado e mal-humorado, aponta o dedo a tudo e a todos, sente-se injustiçado e desmotivado? Se sim, neste exato momento pondere que muito provavelmente precisa reavaliar as conversas internas e monitorizar o que tem dito a si mesmo. Tente perceber que tipo de mensagens está implementando em si e que efeito estão a ter na sua vida?
Se quer mudar de vez os seus resultados, se pretende escrever uma história diferente acerca da obtenção dos seus objetivos. Se quer promover o seu sucesso e contribuir para a sua felicidade e satisfação, mude. Nesse processo de mudança seja criterioso na escolha das suas palavras.
Para aprofundar este assunto, pondere ler o artigo: Cuidado com as suas palavras, 8 forma de otimizar o seu diálogo interno
O diálogo interno e a sua felicidade
A felicidade é uma construção pessoal e subjetiva. E como toda e qualquer construção que possamos desenvolver ou construir, ela é suportada pelo cérebro. Como tenho vindo a explicar, o nosso cérebro influencia e é influenciado pela forma como nos relacionamos connosco, como os outros e com o mundo. E a forma como nos relacionamos é suportada pela forma como nos expressamos, fundamentalmente pelo nosso diálogo interno. O mesmo será dizer, que a nossa felicidade sofre influencia daquilo que vamos dizendo a nós mesmos, e na forma como isso faz ou não faz sentir-nos bem. A nossa consciência está sempre à escuta daquilo que vamos falando, daquilo em que acreditamos. E você tem de ter consciência disso.
É importante que perceba que tudo o que vai dizendo para si mesmo (principalmente aquilo que se materializa em ações) vai-se tornando num hábito, e esse hábito passa a ter “consciência própria”. Por outras palavras, por força do hábito você deixa de ter consciência daquilo que vai dizendo, daquilo que orienta os seus comportamentos e atitudes. E se deixa de ter consciência, fica à mercê da sua auto sabotagem. Fica à mercê de uma rede neuronal especializada para a negatividade, e consequentemente os pensamentos daí oriundos não serão os mais adequados à obtenção da felicidade.
Se está descontente com o seu passado, se os seus comportamentos e as suas atitudes lhe têm causado problemas e dissabores na sua vida, tem agora a oportunidade de mudar o curso da sua história. Tem agora o possibilidade de optar por ser feliz. Tal como expliquei no artigo: A felicidade é possível, mas é opcional.
Certamente beneficiará de uma mudança na sua estrutura mental, que tem vindo a expressar negatividade até ao momento. Não desespere, a mudança é possível. Você possui em si um cérebro plástico, que pode ser reestruturado no sentido de implementar e construir formas de raciocínio que lhe facilitem a adequação e adaptação à vida que deseja construir.
Se está interessado em desenvolver uma estrutura mental facilitadora da obtenção da sua felicidade, leia o artigo: Estrutura mental positiva, o elixir da felicidade.
Diálogo interno e relação com a timidez, autoestima e autoconfiança
Como temos vindo a verificar o nosso diálogo interno está praticamente presente em tudo o que tem a ver com a expressão daquilo que nós somos. Inevitavelmente, influencia grande parte dos nossos traços de personalidade e generaliza-se à nossa identidade. Como o que está aqui em questão é a expressão negativista do discurso interno, importa abordar o impacto que tem na construção ou interferência nos conceitos como a timidez, autoestima e autoconfiança.
Estes três conceitos anteriores estão fortemente relacionados influenciado-se uns aos outros. A timidez e a baixa autoconfiança relaciona-se com alguma forma de medo. A pessoa sente receios de vários níveis acionando a ansiedade, que faz aumentar ainda mais as dúvidas acerca de si mesmo, do seu desempenho e possíveis resultados.
Timidez
A timidez está enraizada no medo, num medo irracional de falar em público e ser humilhado ou ignorado. A pessoa vai desenvolvendo hipersensibilidade, insegurança, ausência de habilidades sociais e perfeccionismo. O que vamos dizendo e aquilo a que prestamos atenção, normalmente uma atenção virada para nós mesmos, exacerba alguns factores, como o excesso de autoconsciência (fica-se muito consciente de nós mesmos, particularmente em situações sociais), o excesso de auto-avaliação negativa (tendemos a ver-nos negativamente), e excessiva auto-preocupação (tendemos a prestar muita atenção a todas as coisas que estamos fazendo de errado quando estamos perto de outras pessoas).
Se acha que está a ser afetado na sua vida por extrema timidez, leia o artigo: Como superar a timidez.
Autoestima
No meu ponto de vista, um dos maiores impactos do dialogo interno auto crítico gira em torno da auto estima, e inequivocamente na diminuição da mesma. Uma boa autoestima emerge da autoimagem positiva que temos de nós, é algo que de forma pro-activa construímos. A autoestima não se constrói na passividade, nem quando pensamos que vem dos acontecimentos exteriores, a autoestima desenvolve-se no mundo real, na nossa história.
O que se pretende é uma construção sólida, bem edificada e isto só é possível alcançar a partir do nosso interior. E no nosso interior, expressa-se o nosso diálogo interno. Se este é demasiado crítico, mordaz e atroz, dilacerando os nossos comportamentos, depreciando com adjetivos pejorativos a nossa própria pessoa e as nossas capacidade e habilidades, certamente o desfecho será uma auto estima destrutiva e diminuída.
Se acha que sofre com o facto de ter uma auto estima diminuída, pondere ler o artigo: Como melhorar a auto-estima.
Autoconfiança
Imagine que alguém falava ao seu ouvido, palavras de desacreditação das suas capacidades, palavras de bota abaixo, de dúvida, de escárnio, de maledicência, de injustiça, de desencorajamento e derrota, do género: “Tu és o pior, nunca irás conseguir nada na vida.” ou “Isso é o melhor que consegues?” ou “Sabes que por mais que te esforces não irás ser bem sucedido.” Provavelmente iria ficar muito zangado com essa pessoa, podia tentar contradizer ou provar que não tinha razão, ou simplesmente gritaria: “Basta, para de dizer barbaridades!” É exatamente esta voz de comando que é necessário acionar caso verifique que tem sido o seu próprio carrasco, que tem sido o seu pior inimigo e que optou por deixar-se ir na corrente do negativismo, criando um imagem distorcida de si mesmo.
Reestruture aquilo que diz para si mesmo. Incentive-se a melhorar os seus pontos fracos, aprenda a motivar-se e transforme-se no seu melhor aliado. Abordei esta questão no artigo: Seja o seu maior fã.
Se a sua autoconfiança está comprometida pelo discurso negativista e auto critico depreciativo que tem tido consigo mesmo, leia os artigos:
Diálogo interno e relação com o medo do fracasso, ansiedade e depressão
O medo provoca uma enorme descarga de adrenalina que tem como função a nossa proteção através de um duplo mecanismo de lidar com a situação incómoda, lutar ou fugir. Este mecanismo ancestral de proteção da vida, pode provocar-nos imensos problemas quando generalizamos para a grande maioria das situações, podendo desenvolver transtornos psicológicos, como ataques de pânico, fobia social, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros, ou simplesmente quando um desses medos provoca alterações drásticas de incapacidade funcional na nossa vida, como o medo do fracasso.
O medo do fracasso
O medo de não ser bem sucedido, tem a ver sobretudo com a construção de uma crença disfuncional, que é promovida por uma distorção cognitiva do género, tudo ou nada. A pessoa é levada a acreditar que tem de fazer sempre tudo bem ou então é um fracassado. Inevitavelmente esta crença disfuncional e irrealista é suportada pelo diálogo critico de negatividade que suporta a noção de fracasso sentida pela pessoa.
É premente que a pessoa perceba que o seu medo foi-se desenvolvendo por experiências negativas ou pelo evitamento das situações em que previa não vir a ser bem sucedido, o que foi comprovando o medo de fracassar. Para reverter este medo incapacitante, é necessário enfrentar as situações, predispor-se a tentar. Para que possa sentir-se mais preparado para lidar com o medo, importa criar um conjunto de frases motivacionais e de suporte para aplicar na altura de enfrentar aquilo que teme. O seu discurso tem de ser positivo, construtivo e orientador da tarefa, aumentando assim as hipóteses de ser bem sucedido.
Se sente que está a ser afetado na sua vida pelo medo do fracasso, leia o artigo: 8 dicas para superar o medo do fracasso
Ansiedade
A ansiedade é uma forma de medo antecipatório. Teme-se que não tenhamos habilidades ou capacidades para conseguirmos levar a bom porto o objetivo pretendido. Sempre que percebemos que um perigo está presente ou imaginamos que podemos ser colocados em causa, a ansiedade manifesta-se sobre a forma de um vasto leque de sintomas físicos e sintomas cognitivos (pensamento de medo e incapacidade).
A ansiedade tem tremenda influência na forma como atribuímos significado aos acontecimentos e à percepção de virmos a ser bem sucedidos ou não, afetando-nos as escolhas e decisões. Por este motivo, exerce um grande poder na estimulação de diálogos internos destrutivos, receosos e negativistas. A ansiedade só por si não é negativa, aquilo que pode fazer com que se volte contra nós, é a interpretação que fazemos dos sintomas físicos que estamos a sentir e consequentes pensamentos acerca da tarefa a realizar.
Se a interpretação for negativa, e lhe atribuirmos um significado negativo, normalmente na forma de medo, todo o processo de raciocínio fica virado para a negatividade, entrando-se numa espiral tremendamente inadequada face aos objetivos pretendidos: Sermos bem-sucedidos.
Se sente que está a ser afetado na sua vida pela ansiedade, leia o artigo: Sofre de ansiedade? Perceba porquê!
Depressão
A depressão é dos problemas psicológicos que mais sofre com os diálogos de auto crítica destrutiva. A depressão é alimentada por um conjunto de distorções do pensamento (distorções cognitivas) que conduz a pessoa a uma tríade negativa, pensando de forma depreciativa acerca de si mesmo, dos outros e do seu futuro. A pessoa deprimida vai construindo um pensamento rígido e negativo levando-a a pensar coisas do género: “Eu sabia que não ia conseguir” ou “Deixei fugir mais uma oportunidade para a chance de ter sucesso, estou condenado a não ter sucesso.”
Este padrão mental de raciocinar leva a pessoa a não realizar esforços para conseguir o que deseja, consequentemente piorando a sua depressão. Uma das formas de lidar com a depressão é através da reestruturação do pensamento que se suporta na reestruturação do diálogo interno.
Se está a ser afetado pela depressão na sua vida, saiba que o tratamento é possível, leia o artigo: Olhe a depressão como ela é, um problema com várias saídas
Como se expressa a negatividade?
Como temos vindo a comprovar pelos exemplos anteriores, a voz interior de auto crítica encerra-o na negatividade. Você pode expressar frases do tipo:
- “Oh, sou tão estúpido! “
- “Não é possível, nunca consigo manter a boca fechada?”
- “Bem, claro, o desenho é bom, mas eu não sou nenhum Picasso!”
- “Nunca serei bom o suficiente para tocar a minha (flauta, guitarra, piano, violino …) em público.”
- “Não te gabes. Ninguém quer ouvir-te falar sobre ti mesmo.”
Este tipo de frases ecoam como uma banda sonora na sua mente?
Quando ouvimos críticas dos nossos pais ou professores as mensagem perturbam-nos e temos ou tivémos que deliberadamente minimizá-las. Se você está deprimido, ansioso, com medo, auto estima diminuída, baixa auto confiança ou com um problemas entre mãos, parece que essas frases ecoam uma e outra vez de forma repetitiva. Mas afortunadamente, você agora está na posse de informação extremamente positiva, capacitadora e esperançadora, não precisa mais ouvir isso de alguém e/ou daquela voz negativa que carrega na sua própria mente.
Entendendo a negatividade
Se percebeu que se critica a si mesmo sem a ajuda de outros, e que se desencoraja quando se trata de tentar algo novo ou quando se encaminha em direção a um desafio, deu o primeiro passo para começar a fazer algo para reverter esse padrão mental destrutivo.
Considere o impacto disto: Todos nós precisamos de ter um pouco de coragem para aplicar os nossos talentos a uma nova situação ou desafios. Afirmar as suas ideias numa reunião ou mostrar o seu lado criativo (seja desenhar ou escrever ou jogar) ou tentar mudar-se para uma outra equipa/promoção/ou um novo trabalho, estas coisas necessitam de uma dose extra de confiança e coragem. Sim, porque você precisa mostrar o que pode e consegue fazer para ser bem sucedido.
Se você foi alvo de crítica estrema dos seus pais ou, pior, não tem vindo a acreditar nos seus esforços para fazer algo novo e diferente, a sua vontade de experimentar pode estar corroída. Então, sempre que a sua auto critica tome posse de si, ecoando na sua mente, você desencoraja-se. Eventualmente, você mina o seu próprio desempenho e pode até sair frustrado, sim, porque inevitavelmente em algumas áreas acaba sempre por ter de realizar algo.
Só que aquilo que realiza à priori já leva uma carga negativa, prejudicado-o em larga escala. Recorrentemente você vai-se martirizando: “Não faças tal espetáculo de ti mesmo!” ou “Não faças show-off!” ou “Quem te disse que és bom o suficiente para tentares isso?” Quando você aciona um padrão de negatividade, os seus pensamentos tendem a ser desequilibrados para o lado negativo, por isso, se a voz que você ouve lhe transmite mensagens depreciativas acerca de si mesmo, quando você tem a chance de tentar algo novo, pode ser muito difícil livrar-se da auto crítica.
A voz não precisa ser falada. Você pode transportar a voz silenciosa de ser ignorado quando pediu atenção ou mostrou aos seus pais os trabalhos realizados na escola, não recebendo nenhum elogio ou referência ao seu esforço merecido. Pode ganhar o hábito de não reconhecer os seus próprios feitos e minimizar tudo aquilo que realiza bem e com sucesso.
Por vezes a sua relutância em dizer aos outros o quão bom o seu trabalho é, pode estar condicionado por acontecimentos passados de extrema frieza por parte dos educadores em transmitir-lhe reconhecimento acerca dos seus sucessos. Esta responsabilidade inflacionada que pode ter emergido da ideia de ao realizar bem uma determinada tarefa, que não faz mais que a sua obrigação, impossibilita-o de elevar a sua auto estima. Este sentimento de não merecimento, inibe o orgulho próprio e o sentimento de realização.
Revertendo a negatividade
Você pode ter aprendido, por força das circunstâncias, e ser levado a acreditar que aceitar elogios dos outros ou sentir-se auto confiante significa que você é vaidoso. Mas provavelmente isso é uma construção falsa. O elogio para uma realização genuína fornece coragem para tentar, para nos desafiarmos a voos maiores. Quando você elogia, ou aceita elogios genuínos, encoraja-se a si e encoraja as outras pessoas para esticar os limites, aceitar um desafio, ou esforçar-se mais.
Quando as crianças acreditam que os seus esforços fazem os pais sentirem-se orgulhosos, não param de tentar. Eles esforçam-se mais naquilo que sabem que ganham mais elogios. Se você souber reconhecer o seu esforço e os seus desempenhos de realizações genuínas, certamente a sua motivação aumenta e coloca mais energia nas tarefas e desafios que vai enfrentando ao logo da vida.
Como já referi anteriormente, para identificar o impacto negativo das críticas internas desencorajadoras é necessário primeiro identificar a voz negativa, a fim de para-la e substituí-la por uma voz positiva. Você terá que usar o seu raciocínio lógico para que isso aconteça. Se o seu cérebro fica preso na negatividade, limita-lhe a energia para lutar, inibindo os seus recursos disponíveis que lhe podiam trazer vantagem.
Você pode começar o processo de encorajamento usando seu cérebro racional para identificar a negatividade, quando ela se faz ouvir, e criar força de vontade para parar o diálogo crítico e substituí-lo por um discurso construtivo.
Apresento alguns passos que pode seguir no sentido de treinar a sua capacidade de encorajamento:
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Tome uma decisão racional tendo a noção que a auto crítica é um desperdício de tempo e pior, desencoraja-o a realizar esforços para o sucesso.
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Faça a seguinte escolha razoável: Acredite que você estará mais motivado levando em consideração os elogios, ao invés de encorajar-se pelas críticas.
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Pondere acreditar nesta verdade: Faça progressos demonstrando esforço e que você merece sentir orgulho nas suas realizações.
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Em seguida faça um acordo consigo mesmo para perceber o que acontece quando você trabalha duro, ou expressa algum progresso no trabalho ou um esforço criativo. (Geralmente, há um resultado positivo para um projeto, um relacionamento, uma melhoria de talentos, etc)
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Depois observe o que você sente quando verifica o progresso após o seu esforço. (O que você vai notar é que irá sentir-se bem.)
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Então, se aquela voz interior começa a tecer uma crítica de que o que você fez não é bom o suficiente, substitua isso com uma voz deliberada que diz: “Eu estou fazendo progressos, e isso é bom. Posso voltar a tentar sempre que eu estiver pronto.”
Quando você se conecta com a realização dos seus desempenhos, sentindo-se bem e reconhecendo o quão encorajado e motivado você se sente para fazer de novo ou tentar mais, certamente está no caminho para eliminar o impacto da auto crítica de negatividade. Você vai sentir mais motivação e energia.
Não importa o conteúdo da bando sonora negativista que passa na sua mente, você agora sabe que pode substituí-la por um novo slogan motivacional, encorajador e legítimo. Se você pode optar por aquilo em que se foca, pode escolher e decidir o que deve ouvir na sua mente, que pode muito bem ser aquele diálogo interno que lhe dá coragem, motivação e o capacita para ser bem sucedido.
Bons diálogos!
Abraço,
Miguel Lucas
Engraçado como tudo se resume à nossa forma de pensar e agir. Também eu faço os possiveis por seguir uma orientação positiva, focando-me naquilo que interessa. Por experiência sei que consigo o que continuamente procuro, estou convicta que só a persistência me levará a alcançar os objectivos de vida. Obrigada Miguel pelo optimo artigo.
Olá Teresa, obrigado pelo comentário
Sem dúvida que os nossos pensamentos exercem grande influência naquilo em que nos vamos tornando e consequentemente naquilo que vamos alcançado.
Persistência e convicção.
Abraço
Boa noite chamo-me Gisela gostei de ler o seu artigo achei muito interessante sinto ansiedade social e gostava de saber se existe algum grupo virtual de pessoas com o mesmo problema para eu falar e trocar opinioes. Obrigado
Artigo muito bom e Muito Importante.
O que vai acontecer na nossa vida depende do que nós pensamos que vai acontecer na nossa vida.
Por favor:
– Não se queixe
– Não se critique
– Afaste-se de Pessoas Negativas.
Desgraça atrai Desgraça
Sucesso atrai Sucesso
Existem muitas formas para conseguir mudar a nossa forma de pensar, muitas estão explicadas neste blog, para mim uma das melhores é: Não estar perto de pessoas negativas, e procurar pessoas positivas.
Olá Bruno, obrigado pelo comentário.
Obrigado pelas suas palavras e pela sua partilha
Abraço
Acredito que sempre há tempo para recomecar, porém quanto sofrimento por nao conhecer textos tao construtivos há mais tempo.
Continue, o seu trabalho é formidável.
Seus textos sao geniais, fazem muito sentido.
Sou um leitor assíduo, e quanto mais leio mais me incentiva a continuar em busca do bem-estar.
Parabéns pelo tato em tratar destes assuntos!
Olá, gosto muito dos seus textos e queria saber como posso resolver meu problema.. sinto muito medo de qualquer coisa que eu vá fazer que eu saiba que vai me deixar feliz. Desde medo de encontros com garotas (medos normais, acredito) até medos totalmente irracionais como por exemplo o de sofrer e/ou não conseguir aproveitar as coisas que eu gosto. E esses medos são tão fortes que certamente me impedem de viver atualmente. Não consigo nem mais ficar no computador sem ficar com medo de sofrer a cada vez que pego no mouse. Só penso "mas e se eu tiver que sentir esse medo de não conseguir mover o mouse a todo momento?"
oi bom dia miguel
quero que saiba que esse texto que acabei de ler mudou algo em mim, quando peguei para ler estava
muito triste comigo mesma,me sentindo mal, por não saber o que me afringia.
quando comecei a ler o texto, me deparei com tanta coisa que acontece comigo, meus pesamentos, a auto critica que tinha de mim, como posso querer que acreditem em mim, se nem eu acredito em mim, me sinto melhor.
Olá Miguel,
Gostei muito do seu artigo sobre a negatividade. Tenho tido muita dificuldade para iniciar a escrita de artigos, notas de aula ou o preparo de qualquer outro material didático e isso tem me feito muito mal. É muito estranho para mim, que sempre fui persistente e ativa. Me deparo com frequencia com itens por você abordados: autocrítica excessiva e perfeccionismo . E também com o imediatismo! Daí vem a percepcao de estar algemada. O resultado de não persistir é sem dúvida maléfico. Todos os dias tomamos uma pequena dose de veneno sem nos darmos conta de que o tempo está andando.
A sequência de passos para aumentar a capacidade de encorajamento parece me mostrar um caminho.
Obrigado por compartilhar mais esse texto!
Boa Noite Miguel
Parabéns pelo seus artigos, o mundo de hoje esta doentio, com tantas responsabilidades e cobranças sem contar as questões financeiras, é quase que impossível não ficarmos ansiosos, mais através de seus artigos e técnicas vou mudar minha postura e procurar viver uma vida mais saudável, pois nada melhor do que ser feliz e ter paz de espirito.
Abraços
Parabéns meu amigo felicidades sempre.
Oi, Miguel! Sou brasileiro e só agora fiquei conhecendo o site Escola Psicologia. Gostei muito de seu artigo. Ao longo da vida (tenho 54 anos) tenho feito muito progresso emocional e hoje consigo viver melhor comigo mesmo. No entanto, não consigo sucesso na carreira profissional. É uma área da vida que preciso transformar minha maneira de pensar. Obrigado!
Ultimamente tenho percebido que a minha voz auto-crìtica esta muito alto. Parece de que quando eu comecei a entrar no processo de deselvovimento pessoal eu fiquei mai "infeliz", pois estou a procura da perfeicao. Mas o que è a perfeicao ou ser perfeito? Se nòs somos seres indiciduais quem pode ditar o que è ser perfeito? A mìdia? Os pàis? A novela ou a Magazine?
Acho que preciso de um coach!
Obrigado por este artigo, isso me ajudou tanto! Gratidão!!!!
Parabéns, este é certamente um dos melhores artigos que já li, excelente trabalho!
Realmente trata muito bem todos os pontos, excelente!