A pressão académica e saúde mental de alunos e universitários - Miguel Lucas
Saúde e Bem-Estar 22/09/2016

A pressão académica e saúde mental de alunos e universitários

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Muito se discute ultimamente sobre a questão da saúde mental da população como um todo, de acordo com o avanço de pesquisas nesta área. Por muito tempo considerada um tabu, a saúde mental hoje em dia é algo extremamente importante quando consideramos a performance de um profissional, por exemplo.

Isso se tornou nítido com o caso da maior ginasta de todos os tempos nas olimpíadas de Tóquio. Simone Biles, a maior medalhista olímpica e campeã mundial de ginástica artística chocou o mundo ao ‘’desistir’’ da final das olimpíadas por sua saúde mental.

Assim como muitos outros, este caso faz com que o debate acerca da saúde mental de maneira crítica, científica e imparcial seja mais do que necessário nos dias de hoje. 

Quando pensamos no ambiente académico e universitário é, também, extremamente comum vermos um nível de pressão e exigência similar aos vistos em esportes de alto nível.

Logo quando ingressam na universidade, os alunos, com os seus 17 anos, devem se acostumar com uma rotina totalmente nova e desafiadora, de modo que precisam aprender desde como montar um pré-projeto de TCC, até a lidar com a postura autoritária de alguns professores.

Mas como lidar com a pressão académica? De que maneira ela afeta a saúde mental das pessoas envolvidas no ambiente universitário?

Relações entre a faculdade e transtornos psicológicos

Apesar do caráter libertador e cidadão da educação, dentro do ambiente académico estes objetivos se confundem com prazos e pela pressão para o volume de artigos publicados e de produções científicas.

Existem, no contexto sanitário, alguns dados e fatores que são dignos de atenção quando iremos analisar a saúde mental dos jovens universitários e pesquisadores brasileiros:

  • Mais de um terço dos ingressantes sofre com transtornos psicológicos
  • O Brasil lidera os rankings mundiais para a ansiedade e depressão →  OMS

Com este quadro contextual em mente, não fica difícil visualizar o impacto que a pressão académico possui nos cientistas brasileiros. 

Além disso, na atual conjuntura política e educacional do país, este quadro de transtornos psicológicos, ansiedade e depressão que paira na comunidade académica, tende a continuar.

De acordo com o site da universidade UNICESUMAR, existem alguns fatores que podem ser responsáveis pela pressão excessiva em jovens que acabaram de ingressar na universidade:

  • Distância dos familiares
  • Convívio com novas pessoas
  • Pressões e expectativas futuras
  • Má alimentação
  • Poucas horas de sono
  • Burnout em relação aos estudos

No entanto, seria simples demais culpar apenas a universidade ou apenas os alunos pela atual conjuntura. Como dito, esta nuvem densa e pesada que paira sobre a academia está aí por uma série de fatores, alguns deles até políticos.

Portanto, não deve ser pensando em um vilão ou culpado, mas sim, em uma possível solução para amenizar este quadro.

Como manter a saúde mental durante os anos de faculdade?

Mas afinal, uma vez inseridos nesse quadro de pressão académica, prazos e novos relacionamentos, como manter a saúde mental e a estabilidade emocional?

Estabeleça uma rotina!

A rotina pode ajudar não só em uma questão de percepção e organização, mas também em questões de saúde e bem-estar mental. 

Isso ocorre pois a nossa rotina está intimamente ligada com ciclos biológicos vividos dentro do nosso corpo diariamente, como por exemplo a secreção de hormônios e a absorção de novas informações.

Logo, ter uma rotina pode ser uma ferramenta derradeira para sua segurança emocional e psicológica, bem-estar e produtividade a longo prazo. De acordo com o imperador romano Marco Aurélio, é praticamente impossível se comprometer com as suas metas sem organização e sem uma rotina.

Pratique hobbies no seu tempo livre

Outro ponto essencial para a manutenção de seu bem-estar e saúde mental é não ficar completamente alienado em suas obrigações. Se conheça e conheça os seus limites e respeite-os, de maneira a respeitar o seu tempo livre e os seus horários de descanso.

Neste tempo livre, é essencial que você destine sua atenção e esforço a algum hobbie, que possa lhe deixar imerso a ponto de esquecer um pouco de suas obrigações e prazos da universidade.

Muitos passam a praticar esportes, aprender a tocar instrumentos musicais, ver filmes, escrever e participar de grupos universitários para preencher o seu tempo livre.

Respeite os seus limites

Por fim, você já estudou por 8 horas seguidas para aquela prova de semana que vem? Ou por acaso você ficou preso por dias em uma apresentação nervoso com o momento de apresentar ou com o seu resultado?

O ponto é diluir as suas obrigações em um prazo de tempo maior, onde é possível realizar as suas obrigações de maneira menos intensa e equilibrada ao longo dos seus dias.

Além disso, é essencial que você preste atenção nos sinais de cansaço, estresse, ansiedade e insegurança que o seu corpo apresenta, para assim, você ter seu merecido descanso e recarga de suas energias.

Abraço,

Miguel Lucas

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