7 Competências competitivas para melhoria da performance desportiva - Miguel Lucas
Psicologia do Desporto 22/09/2016

7 Competências competitivas para melhoria da performance desportiva

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

Treinar é a base da evolução de um atleta. É no treino diário que se perspetivam as melhorias e os objetivos competitivos. No entanto, nem todos os atletas veem o seu esforço ser recompensado da forma que gostariam em competição. O que pode ter acontecido?

Os motivos podem ser muitos, mas destaco a falta de competências competitivas. Se em treino atinges boas performances mas em competição ficas aquém do esperado, certamente podes necessitar de aprender formas eficazes de competir.

Uma parte do trabalho que faço na preparação mental com os atletas, é ensinar habilidades mentais e emocionais que permitam competir ao seu melhor nível. Em seguida apresento sete competências competitivas para melhoria da performance desportiva:

1. Entrar com postura de vencedor

Entrar com postura de vencedor não te faz ganhar, mas permite que te coloques no teu melhor estado competitivo. Quantas vezes vemos atletas entrarem em competição derrotados? Certamente não é porque desejam isso, mas sim porque não sabem como se colocar no seu melhor estado competitivo.

O desporto de competição, quando visto como um desafio, é uma experiência enriquecedora em que todos os momentos competitivos são vistos como oportunidades de expressar o prazer de praticar a tua modalidade.

Olhar a competição como um desafio é altamente motivador, até ao ponto em que podes desenvolver o gosto de experimentar situações de pressão, evitando assim entrares com medo ou postura de derrotado.

Quando desenvolves uma reação positiva ao desafio competitivo, colocas-te no teu melhor estado de recursos para executar o teu máximo rendimento desportivo, e ter sucesso, porque tudo o que afeta a realização da performance está dependente de ti mesmo.

2. Imagina boas performances antes de poderes fazê-las

Sou um acérrimo defensor que os atletas devem construir cenários mentais para melhoria da performance desportiva. Digo-o com bastante convicção porque, para além dos estudos apontarem fortemente para isso, o uso das imagens mentais tiveram um efeito muito positivo em mim quando eu era um jovem atleta, na disciplina de salto em altura. Nesses tempos de atleta, há vinte cinco anos atrás, eu utilizava o poder das imagens mentais sem estar ciente disso.

Eu utilizava a imagética guiada para me visualizar em competição. Eu construía cenários mentais muito completos: adversários, dificuldades, público, amigos, aspetos técnicos, cheiros, sons, sensações corporais, tudo isso fazia parte daquilo que eu imaginava durante o período em que simulava na minha mente aquilo que eu pretendia vir a fazer e, igualmente aquilo que eu achava que poderia vir a acontecer de positivo e negativo, e o que eu faria nessas situações.

Bastantes anos mais tarde, quando eu estudei a relevância e importância da imagética no desporto, aprendi porque são tão poderosas. A imagética é usada por praticamente todos os melhores atletas do mundo, e a pesquisa mostrou que, quando combinado com a prática, melhora mais o desempenho do que apenas com a prática isolada.

As imagens mentais não são apenas uma experiência mental que ocorre na tua cabeça, elas têm um enorme impacto em ti, em todos os sentidos: psicologicamente, emocionalmente, fisicamente, tecnicamente e taticamente.

competências competitivas para melhoria da performance desportiva

3. Tudo o que fazes intencionalmente começa na mente

No trabalho de preparação mental que faço com os atletas, tenho por hábito passar a seguinte mensagem: “O corpo está à escuta da mente.” Por isso, cuidado com o que pensas e dizes a ti mesmo! Escolhe bem a forma como te queres sentir e usa o discurso interno que possa fazer emergir as ações motoras e sentimentos que desejas.

Retém o seguinte: A tua capacidade física é 100% mental, o teu corpo só irá para onde a tua mente o encaminhar.

Uma ação motora com um determinado propósito é direcionado e impulsionada por uma intenção ou desejo, só depois o corpo responde e corresponde ao estímulo enviado.

4. Deixa ir os pensamentos que não te fortalecem

Muitos de nós (atletas incluídos) sabemos que temos pensamentos que prejudicam e sabotam os nossos objetivos, mas ainda assim ficamos presos neles, deixamo-nos guiar por eles.

Importa deixar ir o que nos prejudica, mas é mais fácil falar do que fazer. Sim é verdade. No entanto esta ação de deixar ir o que nos prejudica a boa performance fica comprometida porque julgamos ser os nossos próprios pensamentos.

Nós não somos o que pensamos, somos sim aquele que pensa sobre os nossos pensamentos. E temos o poder de não seguir o que nos faz mal.

Por vezes os atletas não têm como evitar ter pensamentos de dúvida, incerteza ou medo. Mas esses tipos de pensamentos não são a realidade, são apenas pensamentos.

Para que os pensamentos negativos e catastróficos não se materializem e não passem a ser uma realidade concreta, terás de aprender a distanciar-te deles, e em seguida reorientar o teu foco para o que mais importa fazer nesse momento.

5. A confiança não é algo que te acontece, é algo que podes escolher investir

Por exemplo, se o teu desporto for natação, podes ser levado a pensar que és um nadador, mas na verdade tu és uma pessoa que nada.

Quando tens sucesso no desporto, é comum sentir que o desempenho do teu desporto define quem tu és. Eu não acredito que isso seja verdade. Tu não és definido pelo sucesso ou fracasso.

Ganhar não faz de ti uma pessoa melhor e perder certamente não faz de ti menos pessoa. Quem tu és é definido pelo que valorizas, pelo que defendes e pelo modo como reages, quer estejas desfrutando do sucesso ou resistindo ao fracasso.

Esclarecer quem tu és como pessoa e como atleta reforça a tua capacidade de ficares seguro de ti quando a pressão no teu desporto se fizer sentir.

Experimenta o seguinte: dedica alguns minutos para articular o que te faz ser quem tu és como pessoa. Lista as coisas que valorizas, escreve o que tu representas para ti mesmo e para os outros significativos e mantém essa lista à mão para que possas alterá-la e consultá-la periodicamente.

6. O sentimento de derrota é um estado da mente

Toda a competição tem em si mesma a possibilidade da derrota, faz parte, é inerente. Mas o sentimento de derrota é uma interpretação, eventualmente desajustada. É uma reação negativa do ego e não o próprio acontecimento.

Foca-te nos aspetos que te informam do que podias fazer melhor, do que tens de aprimorar e desenvolver para aumentar a probabilidade de na próxima ocasião cumprires os teus objetivos competitivos.

7. Foca-te no que sabes fazer e faz

Todos os atletas passam por momentos de dificuldade e dúvida, e percebem isso quando estão a ter discursos internos de incapacidade, medo de perder ou falhar, desmotivação, frustração. Como expliquei no ponto 4, o que mais prejudica o atleta é a incapacidade de se focar no essencial para realizar o que sabe fazer.

A dúvida, a incerteza e a falta de confiança, por vezes, são o maior adversário dos atletas. Essas emoções e pensamentos negativos recrutam o foco do atleta e desviam a atenção e energia de onde ela deveria estar.

Na presença dessas interferências à performance, se conseguires recuperar o foco para onde ele deve estar, nesse momento, consegues distanciar-te do que te incomoda e retomares o controlo.

Se tens vindo a sentir a tua performance afetada negativamente, e sozinho não tens conseguido solucionar o problema, eu posso ajudar-te através do meu serviço de psicologia desportiva.

Clica no link em baixo para ficares a conhecer:

>> Psicologia Desportiva <<

Abraço,

Miguel Lucas

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