4 passos simples para lidar com a ansiedade social
Terapias Psicológicas 22/09/2016

4 passos simples para lidar com a ansiedade social

Miguel Lucas Publicado por Miguel Lucas

O transtorno de ansiedade social, também chamado de fobia social, é um transtorno de ansiedade em que uma pessoa tem um medo excessivo e irracional de situações sociais. A pessoa sente nervosismo intenso (ansiedade) e autoconsciência acerca de um medo de ser observado de perto, julgado e criticado por outros. O medo pode ser agravado pela falta de habilidades sociais ou experiências negativas em situações sociais. A ansiedade pode evoluir para um ataque de pânico. Como resultado do medo, a pessoa resiste a determinadas situações sociais com extrema angústia ou pode evitá-las completamente.

Em resposta a um comentário de uma leitora que retratava o quanto a ansiedade social limitava a sua vida, gravei um vídeo onde revelo alguns gatilhos que fazem aumentar a ansiedade e também 4 passos simples para lidar eficazmente com a ansiedade social e agir com confiança na interação social.

Comentário deixado no meu blog

Não sabia que tudo isso pelo que sempre passei tivesse um nome: ansiedade social. Sempre pensei que eu só era tímida. Me sinto ansiosa e preocupada acerca do que os outros podem pensar ou falar. Quando alguém em um grupo está a falar, eu imediatamente acho que estão falando sobre mim, rindo de mim. É horrível. É como viver aprisionada dentro de mim mesma. Várias vezes sinto que não sou uma pessoas sociável. Não sei agir como os outros. Não sei como fazer as pessoas gostarem de mim. E para os outros parece tudo tão natural! Pra mim é um terror ter que falar com alguém que eu nunca vi ou mesmo com alguém que eu vejo sempre, mas tenho vergonha de falar, não sei puxar assunto. Na verdade até manter a conversa já é difícil às vezes. Às vezes eu queria sumir. Não é fácil viver com medo do que pode ou não se passar na cabeça de quem você nem conhece. Parece uma falta constante de confiança. Também me sinto muito só às vezes. Nem sempre é fácil encontrar alguém para conversar. Tem dias que não converso com ninguém, quando fico em casa. Queria ter mais segurança. Talvez isso me ajudasse a ter mais pessoas por perto. – Juliane

Resposta ao comentário

As questões relacionadas com a ansiedade social estão associadas com uma forma de medo, que tem a sua base na exposição e interação social. O primeiro erro que a Juliane está cometendo é tentar agradar aos outros, julgando que todas as pessoas necessariamente têm de gostar dela. Não se consegue adivinhar o que as outras pessoas vão pensar acerca de nós. Proponho algumas ações e passos para que a pessoa que se encontra nas mesmas circunstância que a Juliane, possa praticar para recuperar a confiança e saber lidar eficazmente com a ansiedade na hora de ter de interagir com outras pessoas.

Pontos a trabalhar:

  • Encontrar um assunto que se sinta confortável para falar e que domine, ou decidir-se a agir com sinceridade, sem temer mostrar alguma vulnerabilidade. Por vezes podemos fazer das nossas “supostas” fraquezas uma enorme força. Quando a pessoa aceita que tem algumas dificuldades, mas consegue dialogar ou brincar acerca disso, funciona como um quebra gelo de conversas, permitindo que se descontraia e dê inicio à interação social.
  • Redefinir o seu autoconceito. Perceber que não é assim tão diferente das outras pessoas, e deixar de botar-se abaixo, deixando de julgar que é menos interessante ou que tem menos valor que os outros.
  • Deixar de querer que todas as pessoas gostem de você. Nós não controlamos as pessoas que gostam de nós. Aquilo que cada um de nós controla e tem poder, é focar a nossa atenção nos nossos valores, nos interesses e naquilo que gostamos. Agindo de acordo com aquilo que somos. Agindo genuinamente permite-nos ficar seguros de nós mesmos.

Passos a dar na preparação dos eventos futuros:

1 – Não ficar alarmado por sentir o incómodo físico. As sensações incómodas são normais de serem sentidas, dado que são disparadas pelas memórias antigas de exposição social. A pessoa não pode não sentir os sintomas da ansiedade na interação social. Aquilo que pode ser feito é aplicar algumas técnicas ou estratégias de redução dos sintomas físicos, para recuperar o controle de si mesmo.

2 – Utilizar a respiração para relaxar e recuperar o controle. Focar a atenção da respiração para voltar a focar-se em si mesmo e deixar de monitorizar o ambiente exterior, deixando também de estar focado nos cenários catastróficos.

3 – Iniciar a interação. Interagir com as outras pessoas, focando a atenção naquilo que pretende dizer, podendo utilizar frases “quebra gelo” que ajudam a relaxar e a retirar o foco da insegurança e medo.

4 – Agir de forma genuína. Os conteúdos das conversas que escolhe ter devem ser acerca dos seus interesses, significados e daquilo que gosta de fazer, envolvendo-se apenas com o assunto que está a ser debatido.

Em baixo pode assistir ao vídeo com a resposta completa ao comentário da Juliane:

Se você se sente sobrecarregado pelo medo e tem vindo a evitar situações que possam fazê-lo sentir-se ansioso, pode ser difícil quebrar esse ciclo. Mas você pode conseguir. Convido-o a conhecer o meu programa online composto por 22 vídeo-aulas práticas onde você irá aprender a lidar com o medo para que ele não o impeça de viver a vida que deseja.

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Abraço,

Miguel Lucas

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Comentários
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Manuel Fernandes

Quanto ao que sucede com a Juliane, na verdade acontece frequentemente com as pessoas que são líderes de pessoas: umas estão sobre nossas ordens e nos estamos na dependência de outras que estão acima de nos na linha hierárquica a quem temos de apresentar os resultados que nos foram delegados
Estas são situações muito dolorosas e dificílimas de superar “esmagamento complexo da personalidade”. Uma Pessoa está refém do modo como lidamos e gerimos a nossa consciência e interagimos aos estímulos vindos do exterior quer duns quer dos outros. Como superar isto? Nos dias de hoje.
Abraços,
Manuel Fernandes

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Miguel Lucas

Olá Manuel,

Na verdade nós não somos reféns dos outros, aquilo que acontece por vezes, é ficarmos reféns das nossas interpretações e dos nossos sentimentos e sensações corporais desagradáveis, as quais devem ser trabalhadas de forma a recuperarmos o equilibrio emocional e focarmo-nos na interação social e nos assuntos que merecem a nossa atenção.

claro que existem pessoas que são difíceis de interagir e nos colocam problemas, mas isso faz parte da vida e cada um de nós terá de encontrar as melhores estratégias para solucionar os nossos problemas. Deixo um link que pode ser-lhe útil: http://www.escolapsicologia.com/deixe-de-reagir-escolha-a-sua-resposta-em-consciencia-afirmando-quem-voce-quer-ser/

Abraço,

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marcelo

ola miguel. estou com mesmo poblema de fobia social. timidez estrema nem consigo conversa com uma garota olho a olho como vou aarrumar uma namorada deste geito me ajude por favor eu que tem gente ainda pior doque eu, eu aainda converso com algumas pessoa . mas sem olhar diretamente para ela olho a olho ai. as pessaos ja percebem que eu sou timido e debocham de mim até na minha propia casa eu sou perseguido, nunca sai com uma garota meu caso é muito serio, estou quaze com 40 anos e não tenho uma namorada, isso é tão deprimente para mim, ja tentei me matar varias vezes, mas uma voz disse não faça isso, esta voz era de deus. me ajude

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Rodrigo Luis Pereira

Eu tenho vários sintomas e parece que tenho ansiedade social, é limitador e eu já pensei muito em tirar minha vida. Estou fazendo um curso superior, aquela época de universidade em que muitos fazem amigos, mas eu não tenho nenhum e aquela menina da faculdade que a gente pretende chegar e interagir com ela mas vem na cabeça aquele medo de dar uma tremedeira, suar, gaguejar, é horrível. Estou no meu limite, não consigo nem estudar mais, bateu um desanimo, tenho medo de que isso esteja transformando-se em uma depressão, não quero reprovar, quero aproveitar o máximo da universidade, mas a ansiedade social esta me limitando. A universidade tem pessoas que dão uma ajuda psicológica de graça por ser federal, mas tenho medo de marcar uma consulta, o que faço?

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Miguel Lucas

Olá Rodrigo,

Se está muito transtornado com o seu problema relacionado com a ansiedade, e tem oportunidade de ter acompanhamento profissional, deverá fazê-lo.

Abraço,

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alexia

Na sala de aula ou em uma igreja sinto uma sensação de que não consigo puxar o ar para os pulmões, começo a suar, tremer. perco a noção do que o professor ou o padre estão dizendo.Tenho vontade de sair do recinto.

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Camila Correia

Olá! Parabéns pelo artigo 🙂

Tenho 20 anos. Sempre me considerei tímida, porém não era tão em excesso como é agora, e tive que admitir estar sofrendo desse mal. Embora tenha admitido apenas para mim mesmo, e não mais para ninguém. Tive dificuldades de concluir o ensino médio, mas consegui graças a um rapaz que conheci, que hoje é meu namorado. Ele sempre me faz se sentir melhor, e acredito que ter um amor, expectativas de casar, e todos os nossos sonhos tem me ajudado bastante. Inclusive, ele é super compreensivo, brincalhão, alegre, simpatico com as pessoas, tudo o que não consigo ser.
Já evitei de ir em várias reuniões da familia dele, por pura fobia mesmo, situações como essas me assustam. Meus sogros me detestam, as vezes mal consigo cumprimenta-los, eles acham que sou arrogante e metida. Mas não deixo meu namorado perceber que tenho essa "dificuldade" porque sempre invento boas desculpas e acabo controlando a situção.
Agora estou tendo sérias dificuldades em conseguir emprego, tinha uma entrevista semana passada.. como fiquei muito ansiosa a ponto de passar mal, desisti de ir.
O pior é que não gosto de sair na rua sozinha, por as pessoas me considerarem muito bonita, sempre tem alguém que fica olhando, e já penso que é por alguma coisa ruim e não por uma qualidade. To começando a acreditar que isso é tudo coisa da nossa mente, e que depois transfere pro nosso corpo, dai vem as temedeiras, coração disparado e etc.. as vezes as palavras somem da minha mente quando estou em uma conversa, e só consigo responder com respostas curtas.. porque odeio ter a atenção de alguém só pra mim
Mas quer saber? Só temos uma vida gente, precisamos lutar por ela, precisamos correr atrás dos nossos sonhos, precisamos achar uma motivação e agarrar firme nela. Quero me formar na faculdade, trabalhar na minha área, formar uma familía e etc.. Podemos ter tudo isso! Porque quer saber? Se você da conta de sobreviver com essa droga de fobia, você dá conta de muitas coisas! Acredite você é muito mais forte do que imagina 😉

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LONGINA

GOSTARIA DE SABER SE ME PERMITE UTILIZAR O CONTEUDO DE SUA PALESTRA PARA ORIENTAR AS MINHAS. BBRIGADA.

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Jacqueline

Sempre fui tímida, porém não faço questão de ir em locais com muitas pessoas principalmente conhecidas (festa de família, confraternizações). Falar me público é uma tortura, pois é como se eu fosse ser avaliada e todos vão me julgar ou vou passar uma vergonha muito grande. Lembro que na escola, quando criança tive que ir na frente apresentar um trabalho, era pra explicar o que queria dizer a letra de uma música, acho que tinha uns 8 ou 10 anos de idade. Como fui pega de surpresa, não consegui falar nada, pois não havia entendido a proposta da atividade e a letra da música. Lembro que fiquei na frente da classe e todos riram de mim, e a professora me cobrou de forma ríspida. Hoje fico com a mesma sensação ao ser exposta, pois logo penso que não vou conseguir desenrolar o assunto diante de um grupo mesmo pequeno de pessoas. ´Tenho tipo bloqueios e as ideias não fluem em um discurso.

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Amauri Antonio da Silva

Eu sou um rapaz muito timido e sofromuito por isto ja tive muitas perdas emocionais que me deixaram muito triste e sem coragem para me sentir feliz e as vezes sou muito criticado por ser assim, agora por exemplo estou tentando tirar carta pela segunda vez da primeira vez fui muito criticado pelo meu instrutor porque ele me dizia que eu não conseguia guardar nada do que eu tinha aprendido na auto escola ele me abandonou no momento em que eu mais precisei da ajuda dele

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Quelvia Rodrigues

Olá, Miguel,
o meu caso não se encaixa 100% em fobia social, mas creio que tem a ver também. Tenho 37 anos e há muito tempo estou desempregada e estudando pra concursos públicos. Me formei em Administração, mas não por amor e sim por necessidade de ter um diploma. Não sabia o que queria, achei essa uma área com muitas oportunidades. Partindo daí, não me sinto segura como profissional e pouca experiência tenho. Quero muito trabalhar, na verdade, PRECISO, mas me dá pânico pensar nisso. Imagino o primeiro dia de trabalho, não sabendo lidar com as tarefas, sendo o centro das atenções na empresa, a expectativa com relação ao meu desempenho, o medo de ser demitida quando não for mais útil para a companhia, a cobrança excessiva por resultados e medo de um ambiente de trabalho ruim, onde as pessoas estão sempre puxando o tapete uma das outras etc. Tudo isso me traz um medo horrível de voltar a trabalhar, mas ao mesmo tempo, o fato de ficar desempregada me traz desespero. Começo a pensar que vou perder meus pais e não vou ter como me sustentar (não sou casada, não tenho filhos). Tenho a sensação de que estou velha, não vou conseguir emprego (aqui no Brasil é assim, passou dos 30, tu já é considerado sem valor para as empresas). Estudo e batalho para aprovar um concurso público porque sei que a cobrança no serviço público é muito menor e uma vez aprovada, o cargo é meu, ninguém me demite. Já fui estagiária no funcionalismo público e me sentia muito bem lá, ao passo que tb já trabalhei na iniciativa privada e me senti muito mal. Pode ser um trauma que ficou em mim. Enfim, só sei que a minha vida tá completamente sem sentido, acordo todos os dias sentindo que viver é um fardo. Queria simplesmente perder esse pânico que sinto e trabalhar como todas as pessoas, normalmente. Eu mando CV’s, vou às entrevistas, e quando sou chamada pra trabalhar, ou desisto (invento uma desculpa) ou com uma semana de trabalho, começo a sentir pânico, depressão e peço demissão.
Já não sei mais o que fazer. A minha vida não pode continuar assim. Preciso e quero trabalhar.

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